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quarta-feira, março 17, 2010

É brincando que se falam as verdades

BAR DO FUTURO

Um sujeito entra num bar novo, hi-tech, e pede uma bebida. O barman é um robô, que serve um cocktail perfeito e pergunta:
- Qual o seu QI?
O homem responde: 150.
- Então o robô inicia uma conversa sobre aquecimento global, espiritualidade, física quântica, interdependência ambiental, teoria das cordas, nanotecnologia, e por aí foi.
O cara ficou impressionado, e resolveu testar o robô. Saiu, deu uma volta e retornou ao balcão.
 
Novamente o robô pergunta:
- Qual o seu QI?
O homem responde:
- Deve ser uns 100.
Imediatamente o robô lhe serve um uisquinho e começa a falar, agora sobre futebol, fórmula 1, super-modelos, comidas favoritas, armas, corpo da mulher, e outros assuntos semelhantes.
O sujeito ficou abismado. Saiu do bar, para, pensa e resolve voltar e fazer mais um teste.
 
Novamente o robô lhe pergunta:
- Qual o seu QI?
 
O homem disfarça e responde:
- Uns 20, eu acho!
Então o robô lhe serve uma pinga, se inclina no balcão e diz bem pausado:
- E aí, mano véio, vamu votá na Dilma?????!! !!!!!!!!! !!!!

quarta-feira, março 10, 2010

Lula compara presos políticos de Cuba a bandidos comuns

Esta notícia saiu ontem à noite.E entre todas as declarações estapafúrdias de Lula nestes últimos 8 anos, esta foi a pior e realmente me deixou entre espantado e enojado.

Há horas em que eu me pergunto. Será que Lula está endoidando paulatinamente? Ou será que ele tem plena convicção do que diz? Na primeira hipótese, deveria ser submetido a um tratamento psiquiátrico e retirado do cargo até que se apure e se trate o mal do qual ele está acometido.Na segunda hipótese, revela então ter de verdade uma personalidade autoritária, antidemocrática, que durante estes últimos 8 anos deliberadamente se fingiu de bonzinho, para através de seus companheiros, especialmente Dilma Roussef, sua Evita a quem manipula abertamente, dar um golpe mortal na democracia brasileira.
Nesta segunda hipótese, é imperioso que as forças realmente democráticas deste país tomem ações imediatas para deter o avanço desse grupo que ele aparentemente lidera. Me inclino para a segunda hipótese e neste caso, o que me causa espanto é que pessoas de bem, ricas e pobres, que lhe conferem popularidade e aprovação, não se dêem conta da enrascada em que podem se meter e ainda de quebra, arrastarem outros que não têm nenhum afeto por tudo que Lula representa.


Estas pessoas parecem o personagem da historinha de Martin Niemöller que dizia:


“Um dia vieram e levaram meu vizinho que era judeu. Como não sou judeu, não me incomodei.
No dia seguinte, vieram e levaram meu outro vizinho que era comunista. Como não sou comunista, não me incomodei.
No terceiro dia vieram e levaram meu vizinho católico. Como não sou católico, não me incomodei.
No quarto dia, vieram e me levaram; já não havia mais ninguém para reclamar…”

domingo, março 07, 2010

Sobre o Escândalo Bancoop

Os esquemas armados pelo PT para financiar as suas campanhas são antigos e conhecidos. Passaram antes de 2002 pela extorsão e armações com empresas de transportes, de coleta de lixo, bicheiros, que indignaram até pessoas influentes do partido como Celso Daniel que acabou sendo misteriosamente assassinado, como o prefeito de Campinas Toninho do PT também misteriosamente assassinado. Depois pelos famosos dólares na cueca do companheiro ligado ao irmão de Genoíno, pelo mensalão armado por José Dirceu e Delúbio, pelo episódio dos aloprados com aquele monte de dinheiro encontrado num hotel que seria usado para prejudicar as campanhas de Alckmin e Serra, pelas generosas doações de empreiteiras e pelo esquema do Bancoop que vem sendo denunciado desde 2005 e agora chega à mídia como fato comprovado depois de anos de paciente coleta de provas de um promotor honesto e diligente como o Dr. José Carlos Blat.
Foi desta forma que a agremiação ex-defensora da ética e honestidade na política, levantou e levanta fundos para suas milionárias campanhas que pretensamente políticas, são principalmente difamatórias e falsas como uma nota de 13 reais.
Em torno desta sujeira oculta toda, que é parte de um projeto de poder, temos o lado aparente que é o uso da máquina pública para beneficiar aqueles que cerram fileiras com o PT de Lula na caminhada rumo à hegemonia política e econômica. Daí, o PT ter se juntado ao que há de pior na política brasileira como Sarney, Renan, Maluf, Collor, a OAS ter multiplicado por 10 seu faturamento construindo obras do governo, José Dirceu ser hoje um milionário lobista cujo feito recente foi o episódio escuso da Eletronet. 
A Telemar – hoje OI(empresa do grupo da mega-empreiteira Andrade Gutierrez), após alavancar a vida do filho de Lula, um obscuro ex-funcionário do Zoológico de SP, hoje milionário empresário, transformou-se na maior empresa de telecomunicações do Brasil graças à mudança de uma Lei aprovada às pressas no Congresso.
Fora os programas “sociais” deste governo escandalosamente apropriados de governos anteriores, maquiados e transformados em programas do governo do PT, como o Bolsa-Familia, o programa Luz Para Todos, o próprio PAC que é uma maquiagem do programa Avança Brasil.
O sucesso e a popularidade de Lula são embasados em um pântano fedorento de irregularidades, corrupção, populismo e até misteriosos assassinatos não suficientemente esclarecidos. O que deve ser mostrado numa campanha é exatamente isso. Este trabalho deve ser feito  nas redes da Internet, nas ruas, nas padarias, nas portas de igreja, nas comunidades carentes. Ao mesmo tempo devem ser  apontadas alternativas de melhorias,aperfeiçoamentos, um retorno à ética, um ferrenho combate à corrupção. A campanha da oposição deve apontar para o futuro, mostrando caminhos de curto, médio e longo prazo

terça-feira, março 02, 2010

A mentira do PAC (por Augusto Nunes)

Primeiro o presidente Lula debitou os atrasos nas obras do PAC na conta dos fiscais do Ibama. Depois, garantiu que o Brasil só não fora transformado no maior canteiro de obras do planeta por culpa da perereca gaúcha, do bagre do rio Madeira e das machadinhas indígenas. Em seguida, descobriu que a rede de sabotadores da grandeza da pátria agia sob o comando dos ministros do Tribunal de Contas da União. Até que não restou ninguém mais a responsabilizar ─ e o maior governante desde Tomé de Souza, em parceria com Dilma Rousseff, resolveu acobertar a coleção de fiascos com truques de estelionatário.
Uma reportagem publicada pela Folha de S. Paulo(leia aqui) na edição desta terça-feira revela que os balanços do PAC têm sido discretamente maquiados ou grosseiramente fraudados para induzir o país a acreditar que vai muito bem o que se arrasta, patina ou não sai do lugar. Se o governo não adotasse a metodologia da vigarice, o mapa das obras seria um oceano de carimbos vermelhos (”preocupante”) e amarelos (”atenção”), com um punhado de ilhas assinaladas em verde (”adequado”). Graças à maquiagem operada por trocas de datas e palavras, o desastre administrativo é apresentado como a prova definitiva de que não há outra gerente de país como Dilma Rousseff.
O trecho norte do Ferroanel de São Paulo não vai ficar pronto no quarto trimestre deste ano, como se previu em 2007? Troque-se “conclusão da obra” por “conclusão do projeto”. O eixo norte da transposição do Rio São Francisco, com inauguração prevista para dezembro de 2012, vai esperar até o fim de 2014? Altere-se a data com discrição de punguista e não se fale mais nisso. O trecho Lapa-Pirajá do metrô de Salvador será só parcialmente concluído em dezembro? Inaugure-se a fatia possível e o próximo governo que cuide do resto.
A leitura da reportagem reafirma que Lula e Dilma são incompatíveis com a verdade. Fosse outro o país, a dupla de fraudadores, como na imagem de Nelson Rodrigues, estaria sentada no meio-fio chorando lágrimas de esguicho. Como o Brasil deu de tratar mentirosos compulsivos com a complacência reservada a meninos travessos, Lula vai continuar inaugurando pedras fundamentais e zombando, com o desembaraço dos inimputáveis, da inteligência do Brasil que presta.
“Tem gente que devia ter vergonha de torcer pra que dê tudo errado no governo do operário que virou presidente”, declamará outra vez.  Tem presidente que não tem vergonha de nada.

domingo, fevereiro 28, 2010

A sacanagem do imposto a mais


Segundo o Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais da Receita (Sindifisco), a pedido de "O Globo", os brasileiros pagam até R$ 5 mil a mais de IR devido à diferença de 63,62% entre a inflação acumulada de 1995 a 2009 (de 195,15%) e as correções promovidas pelo governo nas faixas da tabela, de apenas 80,39%. O desastre, porém, não poderá ser empunhado como arma nem pelos petistas nem pelos tucanos, já que ambos garfaram a renda da população ao não levar em conta a inflação no cálculo do IR. Então, o que resta ao contribuinte: sentar e chorar?
Além de indecente, a garfada é injusta: trabalhadores com salário entre R$ 1.434,60 e R$ 2.347,28, por exemplo, pagaram IR com base em uma alíquota de 7,5% ou 15% em 2009. Se a tabela do Imposto de Renda tivesse acompanhado a inflação, eles seriam considerados isentos.
Procurada pela reportagem do jornal, "a Receita Federal informou apenas que não vai comentar a defasagem na tabela". Por que tanta arrogância, afinal não é o contribuinte que sustenta o salário dos servidores da Receita?
E, para piorar, o governo, aliás, a Secretaria da Receita Federal, decidiu (na surdina) que vai analisar com carinho as contas dos grandes contribuintes - bancos, empresários -, proibindo as Receitas estaduais de os multar. Afinal, são eles os grandes financiadores da eleição.
Resumindo: vai sobrar mais carga ainda em cima do contribuinte pessoa física. Profético, "O Globo" informa em sua edição deste domingo que a "meta fiscal é a nova menina dos olhos de Mantega (ministro da Fazenda)".

Cá entre nós: um candidato responsável prometeria acabar com esta defasagem, concordam? Afinal, sobra dinheiro na arrecadação e se os gastos públicos forem contidos, a gestão da coisa pública for mais eficiente, vai sobrar mais ainda para fazer justiça fiscal.

quarta-feira, fevereiro 24, 2010

A Novilíngua Lulo-petista

Aprenda a falar a novilíngua. O Lulopetês. O blog do Augusto Nunes está montando um dicionário com verbetes dos "cumpanhêro".Vai complementar o Dicionário Lulês do Zé Simão. Por que isto se faz necessário?
A língua que o cumpanhêro fala tem significado diferente do português.Muitas palavras e expressões querem dizer coisas diferentes do que a gente entende num português normal. E quando eles mandam comentários raivosos nos nossos blogs, além de escreverem errado usam muitos destes termos. Daí, é bom que tenhamos este dicionário para podermos entender o que eles falam  e escrevem.
 Depois eles ficam brabos quando eu defendo a tese que petista é outra raça. Quem acompanha meu blog lembra da série "Os Invasores do Planeta da Estrela Vermelha" (ainda vou retomar, aguardem).

Vejam exemplos de verbetes coletados ao longo dos anos:

adaptar-se à realidade. 1. Cair na vida, trocar o templo das vestais pelo bordel. 2. Topar qualquer negócio para chegar ao poder ou nele permanecer. 3. Enriquecer com negociatas capitalistas sem renunciar ao falatório socialista.
aloprado. Companhero pilhado em flagrante durante a execução de bandalheiras encomendadas pela direção do partido ou pelo Palácio do Planalto.
analfabetismo. 1. Pré-requisito para subir na vida. 2. Termo que, usado no sentido depreciativo, identifica outro preconceito alimentado por integrantes da elite golpista ou louros de olhos azuis.
asilo político. Situação jurídica que deve beneficiar todo companheiro condenado em outros países por crimes comuns ou atos de terrorismo.
base aliada (sin.: base alugada). 1.Bando formado por parlamentares de diferentes partidos ou distintas especialidades criminosas , que alugam o apoio ao governo, por tempo determinado,  em troca de verbas no Orçamento da União, nomeações para cargos público, dinheiro vivo e favores em geral. 2. Quadrilha composta exclusivamente por deputados e senadores.
cargo de confiança. 1. Empregão reservado a companheiros do PT ou companheiros integrantes da base aliada, que nem precisam perder tempo com concurso para ganhar um um salário de bom tamanho. 2. Cala-boca (pop.).
cartão corporativo. Objeto retangular de plástico que permite gastar dinheiro dos pagadores de impostos sem dar satisfação a ninguém.
caixa dois. Dinheiro extorquido sem recibo de empresários amigos, geralmente proprietários de empreiteiras.
coligação. Puxadinho feito pela base aliada (ou base alugada) e/ou por suas ramificações regionais.
Comissão da Verdade. Grupo de companheros escalados para descobrir qualquer coisa que ajude a afastar a suspeita, disseminada por Millôr Fernandes, de que a turma da luta armada não fez uma opção política, mas um investimento.
companheiro. 1. Qualquer ser vivo ou morto que esteja do lado de Lula. 2. Político que, no momento da adesão ao governo, deixa de ser inimigo do povo para ser promovido a patriota. 3. Delinquente convertido em cidadão exemplar depois de receber a bênção de Lula. 4. Integrante do rebanho que engole até um Sarney se o chefe mandar.
controle social da mídia. Censura exercida por censores que fingem saber o que o povo quer ler, ouvir ou ver.
corrupção. 1. Forma de ladroagem que, praticada por adversários do governo, deve ser denunciada. 2. Forma de coleta de dinheiro que, praticada por companheros, deve ser tratada como um meio plenamente justificado pelos fins. 3. Ilegalidade elogiável se praticada em nome do partido. 4. Crime que pode ser justificado pelo passado do companhero mesmo quando praticado em proveito próprio. 5. Hobby preferido dos companheros da base alugada.
Cuba. 1. Ditadura que deve servir de modelo para qualquer democracia. 2. Ilha-prisão que abriga gente condenada a ser feliz. 3. Terra Prometida para os outros.
cueca. Cofre de uso pessoal utilizado no transporte de moeda estrangeira adquirida criminosamente.
dissidente. O ex-companhero que ficou com vergonha da roubalheira e não reza mais pela cartilha…
açaí. Grito de guerra do Lula em churrasco na Granja do Torto
barbicha. Companhero Gay.
catapulta. Companhero que foi pra zona
cutícula. Organização das companheiras manicures ligada á CUT.
democracia. Sistema de governo do inferno
gincana. Bebida do Lula, contendo gin e pinga
negativa. Companhera afrodescendente, muito trabalhadora
unção. Erro de concordância de companhero: O certo é “um semus”
leptospirose. Doença que ataca os cumpanhero que usa lapitop. Transmitida pela urina do “mauzi”
irrevogável. Lula manda, o resto obedece
jagunço. todo político de oposição do Nordeste 
covardes. Jornalistas que discordam do governo
debate qualificado. Eu tenho razão, você está errado
estou convencido de que… Eu tenho razão, você está errado
contraditório. você está errado, eu estou certo
politicamente correto. O PT está certo, você está errado
bolivariano. 1. Comunista que não quer confessar que é comunista. 2. Devoto de Hugo Chávez. 3. Napoleão-de-hospício (pop.).
analgésico. Supositório de companhero.
celular. Companhero que segue a doutrina do Lula.
comensal. Companhero que come uma vez por mês.
depauperado. Companhero que operou da fimose. 
cornucópia.  Irmão gêmeo de  companhero chifrudo.
picardia: Companhero que tava com doença venérea.

Depois tem mais!

terça-feira, fevereiro 23, 2010

A verdadeira carta de proposta aos brasileiros

Lula copiou tudo que havia de bom no governo anterior ao dele, mudou nomes de programas, melhorou alguns, piorou outros e hoje está aí cantando de galo . Para se eleger em 2002, foi obrigado a publicar a famosa "Carta aos Brasileiros" desmentindo tudo que havia dito e pregado até então. Assim, por que não copiar a carta, melhorar e transformá-la numa verdadeira Carta  aos Brasileiros que só pode ser implantada na sua íntegra por alguém competente, honesto e responsável como é José Serra? Foi o que fiz.
Segue abaixo:

"O Brasil cresceu e quer continuar crescendo. Para continuar crescendo, incluir mais gente, pacificar as diferenças regionais que ainda persistem e até foram acentuadas pelo atual governo. Crescer mais para consolidar o desenvolvimento econômico que hoje alcançamos e reduzir a desigualdade social onde ainda há tanto por fazer. Há em nosso país uma poderosa vontade popular de encerrar o atual ciclo político de corrupção e alianças espúrias.
Se em algum momento, ao longo desta década, a forma atual de governar conseguiu despertar esperanças de progresso econômico e social, hoje a decepção com os seus resultados é visível. Oito anos depois, façamos um o balanço e verifiquemos que salvo um crescimento econômico nada excepcional e um relativo avanço social, promessas fundamentais não foram cumpridas e as esperanças frustradas.
Nosso povo constata com pesar e indignação que embora a economia tenha crescido, continua vulnerável aos malfeitos públicos, não há planos consistentes de desenvolvimento sustentado, a corrupção continua alta, a desigualdade social persiste, o meio ambiente nunca foi tão agredido e, principalmente, a insegurança permanece assustadora, quase incontrolável.
O sentimento predominante em todas as classes e em todas as regiões do país é o de que o atual modelo caso continue neste pacto perverso entre os que se dizem progressistas e os tradicionais coronéis vendilhões da pátria, levará o país novamente à situação dos anos 80, a chamada década perdida. Por isso, o país não pode insistir nesse caminho, sob pena de continuar numa gangorra entre crescimento e estagnação ou até mesmo de sofrer, mais cedo ou mais tarde, um colapso econômico, social e moral.
O mais importante, no entanto, é que essa percepção aguda do modelo da atual forma de governar não deve conduzir ao desânimo, ao negativismo, nem ao protesto destrutivo. Ao contrário: apesar de todo o sofrimento injusto e desnecessário que grande parcela da população ainda é obrigada a suportar, enxergamos perspectivas de melhorias, crença nas possibilidades do país, a população continua disposta a apoiar e a sustentar um projeto nacional, que faça com que o Brasil continue crescendo, gerando empregos, reduzindo efetivamente a criminalidade, porém com seriedade e sustentabilidade social e ambiental para manter nossa presença soberana e respeitada no mundo.
A sociedade sabe que o Brasil apesar de melhorar nos últimos 16 anos, ainda continua vulnerável e que uma real estabilidade precisa ser consolidada por meio de planejadas e cuidadosas mudanças que os responsáveis pelo atual governo não querem absolutamente fazer. As pesquisas demonstram desde o ano passado que uma  maioria consistente apoia o candidato de oposição e essa preferência mostra ainda um desapontamento com os resultados e um desejo de aperfeiçoamento dos rumos do país.
A continuada adesão à nossa candidatura em todos os cantos do país demonstra ao longo do tempo o caráter de um movimento em defesa da melhoria da qualidade da forma de governar no Brasil, de nossos direitos e anseios fundamentais enquanto nação.
O povo brasileiro quer continuar mudando para valer. Recusa qualquer forma de continuísmo, seja ele assumido ou mascarado. Quer trilhar o caminho da consolidação da nossa economia pelo esforço conjugado de voltar a exportar mais e de não só manter mas aumentar ainda mais o mercado interno de consumo de massas. Quer ampliar o caminho de combinar o incremento da atividade econômica com políticas sociais consistentes e criativas que privilegiem o emprego e não somente o mero assistencialismo. As reformas estruturais prometidas e não implementadas pelo atual governo que democratizam e modernizam o país, tornando-o mais justo, eficiente e, ao mesmo tempo, mais competitivo no mercado internacional serão desta vez colocadas em prática. Uma reforma tributária, que reduza efetivamente a absurda carga fiscal que se  abate sobre os meios de produção e sobre a população de classe média e mais pobre. Uma reforma agrária que assegure definitivamente a paz no campo. Uma redução real de nossas carências energéticas incentivando a produção de energias alternativas e efetivo aumento da produção de petróleo que estagnou ao longo dos últimos 4 anos a ponto de hoje precisarmos importar combustível. A redução efetiva de nosso déficit habitacional tão alardeada pelo atual governo e não efetivada. Uma reforma previdenciária de verdade beneficiando não só mas principalmente os aposentados que foram tão maltratados no atual governo, uma reforma trabalhista que assegure a redução responsável dos encargos trabalhistas permitindo uma geração maior de empregos formais. A manutenção do Bolsa-Família com o aperfeiçoamento da sua gestão evitará desperdícios e desvios de dinheiro que poderão ser revertidos em favor das famílias assistidas através de frentes de trabalho efetivas. Um apoio efetivo aos Estados para garantir de verdade a Segurança Pública.
O PSDB e seus parceiros têm plena consciência de que a melhoria do atual modelo, reclamada por grande parte da sociedade, não será feita de um dia para o outro. Não pretendemos reinventar o país. Não somos adeptos de frases fáceis como “nunca antes neste país”. Queremos sim, aproveitar tudo de bom que foi feito no Brasil desde a sua Independência e contribuir para as melhorias que ainda se fazem necessárias.
Será necessária uma análise criteriosa e responsável entre o que temos hoje e o que ainda falta fazer. O que se deixou de fazer em oito anos não será compensado em oito dias. O nosso plano não será implementado por decreto, de modo voluntarista como por exemplo foram o PAC e o programa de Direitos Humanos cuja aplicação é controversa e criou fissuras desnecessárias na sociedade. Será fruto de um planejamento responsável aliado a ampla negociação nacional, que deve conduzir a efetivos resultados capazes de assegurar a estabilidade e sustentabilidade no crescimento do país.
Premissa básica do nosso plano será naturalmente a manutenção e  respeito aos contratos e obrigações do país. A recente crise internacional com crescimento zero do país em 2009 mostra que ainda nosso modelo é frágil, daí um crescente clamor popular pelo seu aperfeiçoamento.
À parte manobras puramente especulativas, que sem dúvida existem, o que há é uma persistente preocupação do mercado financeiro com o futuro desempenho da economia, gerando temores relativos à futura capacidade de exportação do país, o baixo e persistente investimento efetivo em infraestrutura, o fracasso do PAC que em 4 anos não conseguiu implantar nem 40 % do planejado,  a má  administração de sua dívida interna que atinge impressionantes 1,5 trilhão de reais, o dobro de 8 anos atrás. É a má qualidade dos gastos públicos, a falta de transparência com os gastos em cartões de crédito corporativos, o enorme endividamento público, aumentado em duas vezes no governo Lula da Silva, a dívida externa que subiu para 200 bilhões de dólares, quase empatando com as reservas, que preocupa os investidores.
Trata-se de uma desconfiança na futura situação econômica do país, cuja responsabilidade primeira é do atual governo. Por mais que o governo insista, o estatismo exagerado não é panacéia para todos os males. Deve haver um equilíbrio responsável entre Estado e Mercado, entre oferta e procura, senão o dragão da inflação voltará com certeza. Já vimos este filme antes.
Graves distorções estruturais da economia são propostas pelo programa da candidata do governo, como a re-estatização desenfreada de modo autoritário, como o único caminho possível para o Brasil. Na verdade, há diversos países estáveis e competitivos no mundo que adotaram outras alternativas. O Chile por exemplo, adota um modelo equilibrado entre Estado e Capital que o tornou um dos países emergentes que mais se desenvolveram sustentadamente nos últimos 20 anos. Exatamente por isto, o povo chileno optou por um governo mais responsável que não prometeu romper com as políticas anteriores e sim, por melhorá-las ainda mais. Isso se chama Continuidade sem Continuísmo.
Não importa a quem a crise inflacionária beneficia ou prejudica eleitoralmente, pois ela prejudica o Brasil. O que importa é que ela precisa ser evitada, pois causará sofrimento irreparável para a maioria da população. Para evitá-la, o equilíbrio entre oferta e procura deve ser perseguido. Um estatismo exagerado, como já vimos no Brasil na década de 70, leva à ineficiência e crise de oferta. Da mesma forma, o liberalismo exacerbado, sem agentes de controle do governo.As Agências Reguladoras se tornaram ineficientes, verdadeiros cabides de emprego, causando crises na aviação, nos transportes, na saúde. Exemplo prático é a leniência da Anatel com o mau atendimento das empresas de telefonia que hoje não prestam o serviço adequado em troca da sua remuneração.
O Banco Central do atual governo manteve as políticas corretas de controle da inflação embora haja ainda ajustes na política de juros que devem ser efetuadas pois continuam atraindo capitais especulativos e voláteis. Os investidores não especulativos, que precisam de horizontes claros, ainda estão intranqüilos. E os especuladores ainda continuam ao nosso redor. A crise internacional ainda não foi superada. Não devemos permanecer tranqüilos com nossa marolinha. Ela pode ainda voltar como tsunami.
Que segurança o governo tem oferecido à sociedade brasileira? Tentou aproveitar-se de programas bombásticos para ganhar votos , desqualifica sistematicamente as oposições, é leniente com as tentativas de cercear a liberdade de imprensa e de opinião, num momento em que é necessário tranqüilidade e compromisso com o Brasil.
Como todos os brasileiros, quero a verdade completa. Não quero mais saber de  meias-verdades. Acredito que o atual governo coloca o país num rumo nebuloso. Lembrem-se todos: em 2002, o então candidato, hoje Presidente, com um discurso radical agravou uma crise que para ser contornada o obrigou a publicar uma Carta aos Brasileiros desmentindo todo seu passado para poder se eleger. Somente com a manutenção efetiva da política econômica vigente é que ele conseguiu superar a crise. Esta minha Carta aos Brasileiros não desmente minhas convicções passadas. Somente as reforça.
Estamos hoje vendo um discurso de volta às posições radicais, atravessando um cenário semelhante ao de antes de 2002. A expectativa da candidata do atual governo de ceder a políticas populistas de crescente estatização sem responsabilidade, de radicalizações políticas ultrapassadas, manutenção da política de juros ainda altos em relação ao restante do mundo que atraem investimentos especulativos, que puxam o dólar artificialmente para baixo e que pune as exportações e gera empregos lá fora, não aqui. O caminho para evitar a volta da fragilidade das finanças públicas é redução de juros a níveis internacionais porém atrativos, aumento  e melhoria da qualidade das exportações com desoneração de impostos a ela relacionados e promover uma substituição competitiva de importações no curto prazo, impondo se necessário tarifas contra as importações subsidiadas.
Aqui ganha toda a sua dimensão de uma política dirigida a incentivar ainda mais a valorização do agronegócio e da agricultura familiar como planejado pelo governo do PSDB na década de 90. O cuidado adicional a se tomar é aliar esta política com responsabilidade ambiental. A reforma tributária com efetiva redução de impostos aliada a uma redução dos gastos públicos improdutivos, combate ferrenho à corrupção, os investimentos em infra-estrutura e as fontes de financiamento públicas devem ser canalizadas com absoluta prioridade para gerar divisas. Cada centavo economizado com a redução da corrupção será revertido em favor de políticas sociais e financiamento à saúde e educação. Saibam, brasileiros, que não é pouco dinheiro. Reduzir a corrupção à metade significa dinheiro sobrando para criar mais 5 Bolsas -Família.
Nossa política externa deve promover nossos interesses comerciais porém com responsabilidade e pragmatismo como sempre se destacou nossa diplomacia. Não devemos apoiar ditaduras irresponsáveis e criminosas e sempre mantermos nossa disposição ao díalogo externo.
Estamos conscientes que sem melhorias na política atual a crise voltará em curto prazo e junto com ela, a inflação, o maior de todos os males. Para evitá-la, vamos dialogar com todos os segmentos da sociedade e com o próprio governo, de modo a evitar que a crise retorne e traga de novo aflição ao povo brasileiro.
Reservas cambiais altas por si só não previnem crises. 250 bilhões de dólares numa crise especulativa aguda não duram 3 meses. É muito bom termos reservas cambiais mas também, uma política de juros e de câmbio responsável. Gastos públicos responsáveis, aumentam a capacidade de investimento público, ajudam a reduzir a dívida interna, tão importantes para alavancar o crescimento econômico.
Esse é o melhor caminho para que os contratos continuem  a ser honrados e o país mantenha a liberdade de sua política econômica orientada para o desenvolvimento sustentável.
A importância do controle da inflação não precisa ser reiterada. Participei da elaboração do Plano Real que apesar da resistência dos ocupantes do governo atual foi onde o povo brasileiro teve seu maior ganho de renda da história.
A manutenção do combate à inflação, acompanhada do crescimento sustentado, da geração de empregos e da distribuição de renda, de uma política de combate à corrupção e à incompetência administrativa manterá o Brasil cada vez mais solidário e fraterno, um Brasil cada vez melhor, realmente de todos e não de alguns.
A manutenção do crescimento com responsabilidade fiscal e sem desperdício de gastos públicos é o verdadeiro remédio para impedir que se perpetue um círculo vicioso entre metas de inflação baixas, juro alto, oscilação cambial brusca e aumento da dívida pública.
O atual governo gerou aumento ainda maior da carga tributária no país penalizando a produção, gerou bolhas de crescimento sem sustentação, com oscilações bruscas de ano para ano. No cômputo geral, houve crescimento sim, mas instável e ainda não sustentado.  Com a sobrevalorização artificial de nossa moeda causada pelo ingresso brutal de capitais especulativos, graças à manutenção dos juros em patamares ainda elevados, o governo causou um baque em nossas exportações que podem a curto prazo se agravarem, caso tenhamos o continuísmo. 
Exemplo maior foi o fracasso na construção e aprovação de uma reforma tributária que banisse o caráter regressivo e cumulativo dos impostos, fardo insuportável para o setor produtivo e para a exportação brasileira. Não fosse a oposição, a famigerada CPMF ainda estaria aí penalizando os mais pobres. Ainda persiste a intenção num governo de continuidade, de se recriar a CPMF com outro nome.
Embora o governo atual preservasse o superávit primário, a má qualidade de administração manteve o crescimento da dívida interna. Este crescimento só pode ser brecado com uma política  adequada de administração de juros e gastos públicos.
Mas é preciso insistir: só um crescimento sustentado e estável pode levar o país a contar com um equilíbrio fiscal consistente e duradouro.É preferível crescer 4% ao ano sempre e não 7% num ano e zero no outro. A estabilidade, o controle das contas públicas e da inflação sempre foram e devem continuar sendo as metas a serem perseguidas.
O desenvolvimento de nosso mercado interno através da inclusão progressiva dos assistidos pelo Bolsa-Família no mercado formal revitalizará e impulsionará o conjunto da economia, ampliando de forma decisiva o espaço da pequena e da microempresa, oferecendo bases ainda mais sólidas para ampliar a oferta de emprego. Que país é este onde o pequeno empresário é equiparado fiscal e burocraticamente a um grande conglomerado? Nossa meta é que num futuro não muito distante o Brasil não precise mais de bolsas assistenciais pois todos terão seus empregos e ocupações para não mais necessitarem de auxílio oficial. Até lá, reitero, o Bolsa Família continuará mas será substituído aos poucos por trabalho, emprego, saúde e educação para todos.
Em paralelo, o caminho do crescimento econômico com estabilidade e responsabilidade social e ambiental consolidará os avanços sociais. Meu governo se pautará pelo respeito às Leis, à Constituição e ao equilíbrio entre os poderes. Tentativas de cooptação de integrantes do Poder Legislativo e Judiciário pelo Executivo serão rigorosamente punidas. Vamos reordenar as contas públicas e mantê-las sob controle. Mas, acima de tudo, vamos fazer um Compromisso pela Produção, pelo emprego e por justiça social.
Tenho a certeza de que o Brasil é bem maior que todas as crises. O país não suporta mais conviver com a idéia de uma terceira década perdida. O Brasil precisa navegar no mar aberto do desenvolvimento econômico e social. É com essa convicção que chamo todos os que querem o bem do Brasil a se unirem em torno de um programa de Continuidade sem Continuísmo, corajoso e responsável."

José Serra poderá escrever assim e assinarei embaixo
São Paulo, 23 de fevereiro de 2010