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sábado, agosto 23, 2008

Pausa


Aos meus 3 leitores.

Por motivos profissionais, me afasto das postagens por um tempo indeterminado.

Preciso ganhar a vida e vai me faltar tempo e disposição para "estar de olho".

Todos precisamos ganhar a vida.

Uns honestamente , outros nem tanto e temos inúmeros exemplos destes que ganham a vida de forma desonesta, em cima das nossas costas. A maior parte em Brasília. Mas há também muitos desta raça espúria fora de Brasília, espalhados pelo Brasil, vendendo ilusões ao povo repetindo refrões mentirosos tipo:

Os PAC's da vida;
"o petróleo é do povo";
"nunca antes neste país";
"vote em mim que eu resolvo sua vida"

e outros refrões que sabemos serem mentirosos e com intenções nada meritórias e nenhum pouco honrosas.


Eu sei que no Brasil há muitas pessoas honradas mas a ladroagem, a roubalheira, a mentira, a falta de caráter está vencendo em detrimento da honestidade, da honradez e da retidão.

Uma pena. Tínhamos tudo para sermos um grande país. Mas hoje somos grandes apenas no território. Somos quase todos pequenos como povo.

Eu volto a postar. Não sei quando, mas volto.

Até lá.

sábado, agosto 16, 2008

A TRAJETÓRIA VITORIOSA DE JOÃO DE TAL EM NUNCADANTES

João de Tal nasceu pobre e analfabeto na região do Sudoeste de Nuncadantes. Que nem sua mãe. Todos os sudoestinos viam o rico Noroeste do país como o Eldorado. Todos pensavam que migrando para o Noroeste ficariam ricos. Mas não era bem assim. Para vencer no rico Noroeste, o sujeito tinha que ser antes de tudo, trabalhador. Se fosse malandro, melhor. E João tinha no seu DNA o gene da malandragem. Fez um biscate aqui, outro ali e conseguiu juntar uma grana para fazer um curso de operador de torneiras. Empregou-se em uma fábrica onde seu trabalho era virar as manivelas das torneiras para lá e para cá, 8 horas por dia. Era um trabalho cacete e João queria mais. Queria ser o dono da fábrica de torneiras. Mais ainda. Na sua megalomania, queria ser aquele que mandaria no dono da fábrica. Mais! Queria poder mandar nos donos de todas as fábricas. Aquilo virou idéia fixa.

Um belo dia, João teve uma idéia. Se prendesse o dedo na manivela propositalmente sem que ninguém visse, o fato seria considerado acidente de trabalho e pela lei ele poderia ser indenizado. Assim ele fez. Aposentado precocemente por invalidez, pôde então dedicar-se àquilo que mais gostava. A malandragem. Seu ídolo era o PELEGÃO, líder sindical que nunca trabalhou na vida e vivia de contribuições dos patrões para enganar os seus liderados. Quando as vendas dos patrões diminuíam e eles precisavam reduzir pessoal, chamavam o PELEGÃO para promover greves reinvindicando aumento de salários e melhores condições de trabalho até que as greves fossem consideradas ilegais. Assim os grevistas podiam ser demitidos por justa causa. Aos que não aderissem às greves era dado um pequeno aumento do tipo “cala-boca”. PELEGÃO e seus cupinchas dos sindicatos ganhavam uma graninha por fora pelo serviço.

João então tornou-se líder sindical e seu Sindicato era uma dissidência dos Sindicatos comandados pelo PELEGÃO. Subia em caixa de tomate e fazia discurso nas portas das fábricas incitando os companheiros à greve. A diferença dele e do PELEGÃO era que João falava a língua dos operários, era bom de gogó e suas greves eram melhores que as do PELEGÃO. Colocava leões de chácara na porta das fábricas que não deixavam ninguém entrar e ai de quem tentasse! Era impedido na porrada. Com essa tática, o índice de grevistas chegava a 100%, garantido. Desta forma, João mostrou aos patrões que ele era muito mais eficiente que o PELEGÃO. Com as greves declaradas ilegais, até 100% dos operários podiam ser demitidos. Os patrões logo chegaram a um acordo com João e seus cupinchas. Pagariam muito mais por esta eficiência.