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quarta-feira, outubro 17, 2012

O kit mentira do PT

A cada dois anos, mais ou menos quando o inverno vai chegando ao fim e a primavera se aproxima, o PT abre sua caixa de ferramentas, dispara a fazer terrorismo e a assacar mentiras. Não se trata de eventos fortuitos: são as armas que o partido dos mensaleiros usa recorrentemente no período eleitoral. Este ano não está sendo diferente.
O país assiste, perplexo, à deslavada intromissão da máquina petista nas campanhas às prefeituras municipais. Incitada por seu tutor, Luiz Inácio Lula da Silva, a presidente Dilma Rousseff pôs o governo dela a serviço das candidaturas petistas e também lançou mão, com gosto, do kit mentira do PT.
O arsenal inclui as mistificações de sempre em torno das privatizações, o anúncio de medidas populistas que depois não se efetivam, a manipulação de verbas orçamentárias e o emprego de bens públicos em favor de um aparelho partidário - prática que se consagrou no mensalão, ora sobejamente condenado pelo Supremo Tribunal Federal. Com sua sede desmesurada pelo poder, este ano o PT está indo fundo no kit mentira. Vejamos.
No início de setembro, por ocasião da data de comemoração dos 190 anos da independência do país, Dilma ocupou rede nacional de rádio e TV para fazer proselitismo político. Comportando-se como militante partidária, atacou adversários e, com pompa e circunstância, anunciou aos brasileiros uma boa notícia que, se concretizada, só se materializará daqui a meses.
Soube-se agora, porém, que o que era acintoso tornou-se farsesco. No pronunciamento à nação, a presidente prometeu uma queda de 20%, em média, nas tarifas de energia praticadas no país. Eis que, ontem, o governo admitiu que a conversa da redução das tarifas não é bem assim: "Não posso garantir que dará 20%", disse Mauricio Tolmasquim, presidente da Empresa de Pesquisa Energética.
Ocorre que, ato contínuo ao pronunciamento-comício de 7 de setembro, para conseguir a desejada redução das tarifas o governo impôs às empresas do setor draconianas e intempestivas regras de renovação dos contratos de concessão que simplesmente instauraram o caos num segmento-chave para o futuro do país.
O novo modelo, que balizará contratos com duração de 25 anos, foi enviado ao Congresso na forma de medida provisória, ou seja, com obrigatoriedade de ser apreciado a toque de caixa. No Parlamento, já recebeu mais de 400 propostas de emendas e não se sabe com que irá sair de lá. A despeito disso, as companhias de energia estão tendo que tomar decisões que afetam seu futuro pelas próximas décadas em cima de simples conjecturas.
Mas o kit mentira do PT não se limita a ludibriar o cidadão com promessas temerárias ou com medidas inconsequentes. Inclui também dizer uma coisa em cima dos palanques e fazer outra no governo. É o caso, mais uma vez, das privatizações.
Este ano, depois de décadas negando o óbvio, o PT dobrou-se à evidência de que privatizar faz bem ao país. Mas bastou o período eleitoral chegar para os partidários de José Dirceu e seus mensaleiros tirarem do armário a velha fantasia antiprivatista, como fez ontem Fernando Haddad em São Paulo.
O neófito petista "acusou" José Serra de ter "a privatização na veia", numa referência ao bem sucedido modelo adotado no município e no estado de São Paulo que põe instituições como o Hospital Sírio-Libanês para cuidar (bem) da prestação de serviços de saúde à população mais carente, atendida pelo SUS.
O Sírio é o mesmo hospital onde Lula se curou do câncer na laringe. Seus tratamentos de ponta e sua reconhecida competência jamais seriam acessíveis a pobres sem que existisse o sistema adotado em São Paulo para a gestão da saúde. Haddad não apenas o critica, como propõe agora acabar com o modelo, o que pode simplesmente fechar o acesso de quem mais precisa a serviços de saúde de excelência.
Mas nem é preciso ir muito longe para rebater o mais novo pupilo de Lula em sua fantasia antiprivatista. Seu próprio partido cuida disso: ontem, em um seminário em São Paulo, o ministro Fernando Pimentel anunciou que o governo federal está apenas esperando "passar as eleições" para anunciar novas privatizações de aeroportos e portos, informou O Globo. Afinal, o PT é contra ou a favor de um serviço mais bem prestado aos cidadãos brasileiros?
O kit mentira dos petistas completa-se com a manipulação das verbas públicas, como mostra o Correio Braziliense. O Orçamento da União virou arma para os petistas tentarem ganhar eleições no grito: dos R$ 343 milhões empenhados pelo governo federal para emendas individuais neste ano, 93% foram para deputados e senadores de partidos aliados.
Outro caso escabroso é o anúncio de obras milionárias para Manaus, feito ontem por Dilma em audiência no Planalto. Como parte do pacote embusteiro, na próxima segunda-feira a presidente irá à cidade para tentar socorrer a candidata apoiada pelo PT - que no primeiro turno teve metade dos votos do tucano Arthur Virgílio e quase ficou fora da disputa.
As eleições são ocasiões em que a população renova sua confiança nas instituições e sua fé numa vida melhor. O PT e seus candidatos, porém, preferem distorcer o que deveria ser uma festa da democracia. A cada dois anos, a cada pleito, exercitam o que mais sabem fazer: enganar, com um monte de mentiras, a boa-fé dos brasileiros. O voto é a melhor, mais verdadeira e eficiente resposta a este embuste.
Por Pitacos Políticos

quarta-feira, outubro 10, 2012

Alma Lavada


“Saí daí, Zé Dirceu! Sai logo!”
E ele saiu. Foi “saído”. “A ameaça explícita citava Luiz Ignácio, como sendo o próximo alvo se o capitão do time” não fosse sacado.
Lula – o que não deixa companheiro na chuva – sabia do teor da ameaça. E em uma cerimônia patética, foi saudado pela então ministra Dilma (que o substituiria) como tinha sido “companheira de armas” do ministro demitido por corrupção ativa.

E Dirceu ameaçava: “Vou também voltar como militante e dirigente ao PT, que é, na verdade, a minha vida. Vou voltar para junto, ao lado e apoiando o presidente Genoino, percorrendo o Brasil. Vou mobilizar o PT para dar combate àqueles que querem interromper o processo político democrático e querem desestabilizar o governo do presidente Lula.”. (Percorreu o Brasil de jatinho, sendo o mais caro “consultor” que se tem notícia no Brasil. Só rivalizado por Palocci.)
Mas não bastava: “Quero repetir: continuo no governo como deputado da base de sustentação do governo e continuo no governo porque sou PT.” (Alguém duvida?).
E o presidente, com os olhos marejados, disse - após afirmar ter sido traído e pedir desculpas – as carinhosas palavras ao bandido prestes a ser hóspede da Papuda: “Compartilho seu sentimento de que esta decisão permitirá a você melhor defender nosso Governo, nosso partido e sua própria pessoa. Como parlamentar brilhante que é – um dos líderes políticos mais importantes e respeitados da República – você poderá, na Casa do Povo Brasileiro, desfazer as infundadas acusações lançadas por aqueles que querem desconstruir nossa história e nosso projeto de mudança social.”.
Após ser defenestrado do ministério – por receio de Lula do envolvimento e da lama que chegava às portas do gabinete presidencial, pois que na Casa Civil o ar de podre já se fazia notar! – Dirceu Caroço discursou na Câmara Federal na tentativa de não ser cassado e carimbado, pelos pares, como CORRUPTO:
“”Digo e repito, não como bravata, mas como compromisso de vida, que qualquer que seja o resultado que essa Casa decida hoje, eu vou continuar lutando para provar a minha inocência”. (Hoje viu-se no foro adequado para se provar inocência, que a luta foi em vão. A corrupção foi maior que as artimanhas urdidas no esgoto.).
E já tentava montar a farsa (esta sim verdadeira) do Caixa 2: “”O que houve foi o repasse irregular de recursos de campanha do PT para partidos aliados, mas o PT já está respondendo por isso”.
Havia mais: “”Eu não sou réu confesso. Cometi muitos erros políticos e estou pagando por eles. Mas tenho as mãos limpas”. (Para quem tem a alma suja, o cérebro apodrecido, o caráter vendido e a mentira como valor de vida, não há desinfetante que lave as mãos!).
De nada adiantou a histeria que comove as plateias dóceis dos descerebrados que precisam de deuses e semi-deuses. Da mentira ofertada em bacias de barro, que quebram ao menor toque. Dos cargos ofertados a um grupo de analfabetos que se vendem ao aparelhar um estado e acreditarem que já são os donos do mesmo. Dos crápulas que se julgam protegidos por um bandido, chefe de quadrilha, que fez um presidente e dirigia um governo.
Foi cassado. Até o Poder Legislativo não teve condições de abrigar um larápio no Congresso.
Dirceu, o que se julgava o todo poderoso, vale menos – no Poder Legislativo –que Jaqueline Roriz ou Renan Calheiros.
Mesmo assim não entendeu os sinais do que estava por vir.
Ainda se julgava o dono dos cordéis de um circo de marionete do qual julgava ter controle absoluto.
Tentou influencia na composição de uma Corte de Justiça.
Encontrou-se, fora do país, com advogados para na ocultação do sigilo, tentar montar estratégias que nunca passavam pela defesa, mas antes pela compra e intimidação.
Orgulhoso e pavão, não via que as penas do rabo já haviam caído. E que só os servis adoradores ainda lhe rendiam homenagens, que soavam patéticas ou ofensivas ao país.
Ancorou-se em Lula. Tentou o mesmo com Dilma.
E foi em frente certo que o bolivarianismo do amigo (dele) e do castrismo dos irmãos preferidos (dele!) dariam conta da punição. Não a si próprio. Mas a todo um país.
Comprou (caro, pois quem se vende sempre vale menos do que pede!) “jornalistas” e blogs. Mobilizou uma tropa nas redes sociais, esquecendo-se que neste campo, ao menos, é necessário saber escrever! A ignorância manifesta dos kamikazes do PT não dava credibilidade alguma a quem, na vida, havia lido ao menos um livro. Mesmo que de contos infantis.
Ironizava o STF. Desqualificava a Procuradoria Geral da República. Demonizava quem simplesmente, sem antolhos, olhava a realidade. Comprava apoios (como sempre!). Exigia fidelidade de uma tropa de hienas que se sabia menor do que a função que ocupavam.
E o dia de hoje aconteceu.
Nove de Outubro de 2012.
José Dirceu de Oliveira e Silva completou o ciclo da vergonha!
Expulso do Poder Executivo, cassado pelo Poder Legislativo, foi CONDENADO pelo Poder Judiciário.
Em votos históricos (TODOS NÓS) ouvimos a Justiça se manifestar.
Seja de Lewandovsky, ícone da vergonha ou de Tofolli, exemplo da subserviência e covardia. São contrapontos para mostrar que a decência não decorre de um cargo. É predicado de cada homem.
E de todos os outros JUÍZES. Da indignação que nasceu de cada voto!
E que ampliou a nossa indignação.
Ouvimos nossas vozes nas vozes de quem honra a toga e o Judiciário. E ficamos emocionados.
Não comemoro a prisão de um homem qualquer. Existem vários que merecem o mesmo destino.
Comemoro a luta que não abandonamos. A fé que nos animou. A certeza de que esta vitória, um dia, viria.
Se na ditadura enfrentamos baionetas em mãos de quem nos usurpou o poder, hoje lutamos contra quem desonrou o mandato popular que recebeu, democraticamente. E talvez por isso, seja mais indigno (moralmente e não na ferocidade) que os outrora gorilas que nos aprisionaram em uma noite sem fim.
A diferença? Na ditadura, não havia a esperança da JUSTIÇA. O Judiciário independente e sem amarras. Havia uma resistência dos verdadeiros juristas (Sobral Pinto à frente!) que sentiria VERGONHA dos atuais rábulas de aluguel.
Hoje o Judiciário É LIVRE! A democracia que ELES não queriam e que em muito pouco contribuíram – no modelo que temos hoje, e não em um pseudo castrismo socialista! – mostrou-se mais forte que o delírio do pensamento único. Que gera ladrões, pais da pátria e mentirosos. Além de corruptos condenados!

Que todo brasileiro com vergonha na cara, hoje, tenha orgulho de ser assim.
Não, não somos palhaços. Não somos raivosos. Não somos ignorantes. Não somos venais.
Somos BRASILEIROS! E isto tem seu valor.
Por mais que nunca – jamais – seja entendido por capitães de time de projetos totalitários ou chefes de quadrilha!
Por REINALDO-BH