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terça-feira, março 28, 2006

Vai explodir?


Desde início de 2003, falou-se muito sobre o núcleo duro do governo Lula. Tento hoje clarear o verdadeiro significado deste adjetivo. Na realidade tratava-se de um grupo de petistas, muito ligados ao presidente, que deveriam servir como proteção a eventuais ataques ao desempenho de Lula, sabidamente avesso a decisões e absolutamente incompetente como administrador. Eram eles:

José Dirceu, Luís Gushiken, Antonio Palocci, Duda Mendonça, Okamoto, Delúbio, Silvinho, etc.. numa analogia à estrutura do átomo, seriam os prótons que positivamente defendiam o átomo-governo de forma ferrenha.. Lula é o nêutron que nada faz, nada sabe, nada diz. Em volta desse núcleo giram os elétrons que de forma negativa compõem o átomo-governo que servem para manter o equlíbrio. Seriam os elétrons "fogo amigo", como alguns ministros, amigos petistas de ministros, presidentes petistas de estatais,o ministro vice-presidente, a CUT, o MST, a "base" do governo no Congresso, etc.

Teoricamente, a soma das cargas elétricas de prótons e elétrons deveria ser igual a zero mantendo um equlíbrio como na realidade da natureza, pois que um desequilíbrio pode gerar instabilidade nuclear e até uma explosão.

E o que temos hoje? Uma série de prótons, bombardeada pelos elétrons amigos e pelos elétrons inimigos do átomo da oposição, foi expulsa do núcleo duro causando esta instabilidade. O nêutron Lula que nada faz , nada diz e nada sabe, está exposto e desprotegido. O núcleo do chamado "governo Lula" pode a qualquer momento explodir.
Caso o bombardeio continue e vai continuar, a explosão certamente acontecerá em outubro deste ano.

domingo, março 26, 2006

Este post do Noblat sintetiza tudo.

Eu poderia simplesmente colocar o link aqui. Mas estas palavras do Noblat de hoje, são exatamente aquilo que eu iria escrever, mesmo sendo de outra forma. Assim, ficarão aqui registradas também, com todas as letras e pingos nos iii....

"À merda qualquer escrúpulo" - Ricardo Noblat, domingo, 26 de março de 2006

Antonio Palocci é um ator. E de razoável talento, é justo reconhecermos.
Políticos são atores (e pensando bem: quem não é?). Escolhem um papel e tentam desempenhá-lo da melhor maneira possível.
Mas qual é o Palocci mais próximo daquele reconhecido por sua mãe, parentes e amigos de fundo de quintal?
Será o que deixou boa impressão até o final do ano passado – um homem sincero, equilibrado, gentil e ao mesmo tempo tenaz, que não deixava o governo se apartar da sensatez econômica?
Ou será esse que começou há pouco a ser apresentado ao país – um tomador de dinheiro para o caixa 2 do PT, capaz de desviar recursos públicos, freqüentar mansões onde rolavam festas e negócios suspeitos e mentir a uma CPI?
Do governo Lula, sabe-se há bastante tempo que não é o que seu fundador prometeu fazer.
Sua rala eficácia não foi uma surpresa e até seria desculpável dado ao fato de que Lula jamais governou sequer uma prefeitura.
Era impensável, contudo, que fosse um governo de pouco ou de nenhum compromisso com a moralidade pública.
Só não foi tragado pelo escândado da compra do apoio de deputados por que a oposição temeu herdar um país convulsionado. Na hora H, ela se borrou.
Esse governo tinha uma face perversa. E ela se impôs assustadora nos últimos 10 dias.
Para salvar Palocci, o governo não teve o mínimo pudor de jogar todo o seu peso na tentativa de esmagar o caseiro Francenildo dos Santos Costa. Ele disse ter visto o ministro de 10 a 20 vezes em local que ele nega ter freqüentado.
Um motorista viu o ministro por lá três vezes. E um corretor, uma vez.
A mulher do caseiro viu mais de uma vez - mas ela está em pânico e não quer depor. Compreensível.
Foi fulminante a ação do governo para desqualificar e acuar Francenildo.
Na quinta-feira 16, Francenildo repetiu na CPI dos Bingos o que havia dito três dias antes em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo. Não pode ir além.
Autorizado por Lula, o PT pedira ao Supremo Tribunal Federal que sustasse o depoimento dele. E o Supremo sustou.
Na sexta-feira 17, às 18h45, a revista ÉPOCA divulgou no seu blog que de janeiro último até a véspera haviam sido depositados R$ 30 mil na conta de Francenildo na Caixa Econômica Federal.
Às 19h10, a Caixa informou ao Banco Central que registrara sinais de “depósitos atípicos” na conta.
Na manhã do dia 20, o Conselho de Controle de Atividades Financeiras do Ministério da Fazenda repassou a mesma informação à Polícia Federal.
Dali a três dias, intimado a depor na Polícia Federal, Francenildo soube que está sendo investigado por suspeita de lavagem de dinheiro.
É verdade que os R$ 30 mil haviam se reduzido a R$ 25 mil. E que o empresário Eurípedes Soares, do Piauí, confirmara que doara o dinheiro a Francenildo, seu filho bastardo.
Nem por isso o caseiro foi deixado em paz.
Sem saber e à sua revelia, inaugurara o Programa de Intimidação de Testemunhas, versão cruel do que serve para proteger.
Há uma intenção explícita, escancarada, e outra oculta no torniquete que o governo aplica em Francenildo.
A explícita busca apenas desmoralizá-lo.
A oculta se vale dele para barrar o surgimento de testemunhas que possam em qualquer tempo embaraçar o governo.
Francenildo foi escolhido para servir de exemplo do tratamento reservado pelo governo a quem ameace sua estabilidade e seu futuro.

À merda todos os escrúpulos quando o que está em jogo é a permanência no poder a qualquer preço."

sábado, março 25, 2006

Vamos passar à ação-Primeira parte

Tenho lido nos comentários dos diversos blogs dos amigos uma cobrança para que além dos comentários e críticas passemos à ação.Estamos assistindo estarrecidos às manobras e votações na Câmara Federal com o intuito de salvar a pele de congressistas que comprovadamente meteram a mão no Caixa 2 e que estão se safando da cassação por quebra de decoro parlamentar.
Da forma com que as votações estão ocorrendo, dá para notar que a conivência não é só dos deputados governistas. Parlamentares da oposição colaboram de forma velada, abandonando o plenário e dando chance a que os "mensalistas" sejam absolvidos. Ficam no plenário 2 ou 3 gatos pingados da oposição que criam cortina de fumaça, protestando contra o quorum inadequado, pedindo adiamento das votações, etc e tal.
Está claro que existe o espírito corporativo em ação.

Além disso, a maior culpa do descrédito do Congresso está justamente no comportamento submisso e desavergonhado desses senhores e senhoras, independente da ação de pressão do Planalto que só soma para que a pizzaria continue funcionando.

Usando o mote preferido do Apedeuta-mor, nunca na história democrática desse país a pregação de São Francisco de Assis ( "É dando que se recebe") foi tão aplicada como nestes 3 últimos anos.

Como sou contra anular meu voto justamente pelas minhas convicções democráticas, decidi lançar aqui uma campanha "internética" radical.

Renovação de 100% da Câmara em outubro de 2006!

Vamos nestas próximas eleições substituir os 513 deputados federais. A lista de deputados por partido e por estado será publicada aqui, nos outros blogs e será denominada Lista da Vergonha . Os eleitores votarão em qualquer candidato de qualquer partido de sua preferência desde que não seja nos nomes desta lista.

Aguardo adesões e sugestões.

quarta-feira, março 22, 2006

Mais um safado se safou

O deputado do PL Wanderval se safou por 8 votos. Mais um safado que pegou 150 mil reais no caixa 2 comprovados, garante mais 7 meses de mandato. Espero que os eleitores dele o defenestrem devidamente em outubro.

Está tudo armado para que o Dep. João Magno do PT se safe também. O quórum permitirá isso.

No final, estes políticos estarão inventando um novo sabor de pizza. A pizza de merda.

É mesmo para se preocupar...

A sequência de acontecimentos desta ultima semana, com a violação ilegal do sigilo bancário de um cidadão,mesmo que ele estivesse envolvido em alguma maracutaia(o que não parece ser o caso) , a constante interferência do Judiciário no poder Legislativo atendendo os pedidos do Executivo, a postura arrogante e perigosa dos representantes do PT no Senado e Câmara, abertamente ameaçando seus colegas da oposição, a postura do Presidente, nem dando bola pro que acontece e ainda gozando da cara dos seus opositores, me dá a nítida impressão que o PT decidiu acelerar seu projeto de poder e partir para o confronto com as instituições antes que caia de vez.

Bob Jefferson colocou por terra as pretensões dos petistas de mudarem nosso regime pluripatidário e democrata para um regime unipartidário e totalitário até 2010.

Apesar do corte das cabeças principais do partido oferecidas para aplacar as pressões oposicionistas e acalmar a opinião pública, a sequência de escândalos continuou.

Lula estava à vontade, confiando na falta de memória do povo e na inércia da oposição.Sua popularidade voltou a crescer até que o ultimo membro do antigo núcleo duro sucumbiu às evidências e às denúncias. Hoje ele está como se diz no popular, numa sinuca de bico. Se Palocci fica, terá um ministro comandando a economia, com práticas corruptas amplamente comprovadas. Se Palocci sai, vai preso pelo Ministério Público de Ribeirão Preto no dia seguinte. Nas duas condições, suas chances de reeleição se reduzem drasticamente pois sofrerá o combate implacável da oposição.

Com a possibilidade de Alckmin e Garotinho virem a ser seus adversários diminuindo suas chances de vencer no primeiro turno o PT de Lula decidiu partir pro pau. Só que esta postura põe em risco cada vez maior a estabilidade das instituições. É preciso que a sociedade civil, os cidadãos de bem, que não estão de forma alguma compactuando com essa onda de ilegalidades, se movimentem rápidamente contra esta tendência perigosa.



Neste sentido, leiam este artigo da Liliana Pinheiro no PrimeiraLeitura :

http://www.primeiraleitura.com.br/auto/entenda.php?id=7220

terça-feira, março 21, 2006

De um colaborador...


FÁBULA DO GATO BARBUDO

Um fazendeiro plantava milho e armazenava o milho no paiol.
Com o milho, o fazendeiro alimentava as galinhas, os cavalos, as vacas, ovelhas e todos os outros bichos da fazenda.
Os bichos da fazenda, por sua vez, garantiam ao fazendeiro o seu sustento.
Os ratos insistiam em roubar o milho armazenado no paiol. Quem cuidava do paiol era um cachorro. Um cachorro preto e grande.
Quem cuidava do paiol antes do cachorro cuidar do paiol era o pai do cachorro e, antes do pai do cachorro assumir a sua função, quem cuidava do paiol era o avô do cachorro.
E sempre foi assim, a família do cachorro cuidando do paiol, e não deixando que os ratos comessem todo o milho.
Era um trabalho duro: os ratos não acabavam nunca e, chovesse ou fizesse sol, lá estavam para roubar uma espiga aqui, outra ali.O cachorro não tinha folga e para fazer frente à rapidez dos ratos, mantinha os músculos em forma e os reflexos ligeiros.
Em compensação, o cachorro adorava o seu trabalho. Afinal, se não fosse por ele, os ratos já teriam há muito tempo comido todo o milho e acabado com a comida dos demais bichos.
Em reconhecimento ao seu trabalho, a bicharada elegeu o cachorro o presidente da fazenda.
E claro que o mando do presidente não era perfeito, discussões surgiam, a insatisfação aparecia. Mas, de uma coisa todos podiam ter certeza: quem trabalhasse, ganhava o seu quinhão.
Um dia, apareceu na fazenda um gato. Um gato magro e bigodudo. Tão bigodudo que, se tivessem barba os gatos, esse poderia ser um gato barbudo.
O cachorro, como todo cachorro que se preza, ciente da sua função e do valor do seu trabalho, latiu para o gato, quis que o gato fosse embora.

O cachorro sentia que aquele bicho de ar debochado, malicioso, sem muito gosto para o trabalho, não poderia ser grande coisa.
O fazendeiro não ouviu o que o cachorro quis dizer, e o gato foi ficando, foi ficando, foi ficando...

O gato, que não trabalhava (que, aliás, nunca tinha trabalhado), tinha bastante tempo para conversar com os outros bichos da fazenda. E chegava de mansinho junto da bicharada, magrinho, fraquinho, e começava a miar.
Os outros bichos, muito bonzinhos, paravam para escutar o que o gato tinha para dizer:
- Miau, miau, ai, ai. O que vai ser de mim. Não existe lugar nesta fazenda para um bichinho como eu, tão injustiçado, tão fraquinho! Veja, não posso trabalhar, o sistema é tão injusto! Só por que não nasci forte como o senhor, Seu Cavalo, só por que não posso dar leite como Dona Vaca, não posso trabalhar!
O Seu Cachorro, o dono do poder,não avalia essas contingências históricas e me mantém mergulhado nessa penúria...

- Mas, Seu Gato, e aquele trabalho que lhe ofereceram na casa, como guardião da dispensa?
- Não aceitei, Seu Cavalo. Na verdade, prefiro continuar minha luta por condições mais dignas!

No fim, depois de tanta ladainha, os bichos começaram a acreditar no gato. A sentir pena do gato.E o gato, que se dizia injustiçado. Que se fazia passar por vítima. Que era explorado pelo sistema e, principalmente, pelo cachorro que lhe negava tais milhos, conquistou a simpatia dos bichos.
E fez com que os bichos acreditassem que ele, tão sofrido, tão maltratado, iria garantir a todos melhores condições de vida. Tanto miou, tanto fez, que um dia os bichos revoltados com a situação de absoluta miserabilidade do gato e com a injustiça social reinante na fazenda, resolveram destituir o cachorro.E de nada adiantou o cachorro insistir que cuidar do paiol não era para qualquer um. Que ele havia treinado muito para assumir essa função. Que os ratos não eram mole, e não dariam trégua assim tão fácil.
Afastaram o cachorro e, por unanimidade,colocaram no seu lugar o gato. Os bichos sabiam que o gato dantes nunca havia trabalhado.
Que não tinha sequer se preparado para assumir a função mais importante na fazenda.
Mas acreditaram que o gato, por ter sofrido mais do que ninguém com a política do cachorro, traria ordem e moralidade à administração do paiol.
No começo, tudo foi festa: no lombo de Seu Cavalo, viajava o gato para outros sítios e fazendas, falando sobre a sua conquista. Contava aos outros bichos que agora a fazenda vivia uma nova realidade. Tanta era a festa, tanta era a euforia, tanta era a esperança, que os bichos não perceberam que mais e mais gatos não paravam de chegar.
Gatos de todos os jeitos. Gatos vindos de todas as partes. Gatos, que em comum com o gato-presidente, nunca tinham trabalhado na vida. E o gato-presidente, que curiosamente chamava todos os demais gatos de companheiros, precisava arranjar uma função para essa gataiada. Então, um dia, quando Seu Cavalo apareceu para puxar o arado, percebeu que, no seu lugar, um bando de gatos ocupava os arreios.
E Dona Vaca, que produzia o melhor leite da região, foi expulsa da estrebaria pelos companheiros do gato-presidente.

E as galinhas, no galinheiro não moravam mais: nos poleiros, gatos e mais gatos fingiam estar botando ovos.
E o gato-presidente remunerava prodigamente todos os seu companheiros. Afinal, um trabalho em prol da coletividade desempenhavam...
Como era de se esperar, o gato-presidente (que nunca havia trabalhado na vida) não conseguia cuidar do paiol. Os ratos logo perceberam a situação: atacavam, como nunca haviam feito, o milho da fazenda.

Tão complicada ficou a situação que o gato-presidente precisou conversar com o seu conselheiro. Um gato de óculos, que miava de um jeito esquisito, puxando demais os "erres":
- Miarr, presidente. A coisa tá feia. Em nome da governabilidade da fazenda, temos que nos aliar aos ratos!- Companheiro, os fins justificam os meios!
Devemos passar aos demais bichos uma imagem de ordem e tranqüilidade!

E os gatos fizeram um pacto com os ratos: os ratos fingiam que não roubavam o milho, os gatos fingiam que caçavam os ratos. Dessa forma, a bicharada acreditava que os ratos estavam sendo combatidos, e os ratos, que por baixo do pano recebiam suas espiguinhas, mantinham os gatos no poder.
Entretanto, o milho foi acabando. E os bichos, que haviam acreditado na conversa do gato-presidente, com fome, começaram a ficar insatisfeitos. E foram todos reclamar com o gato-presidente.

Tarde demais.
O paiol já estava infestado de ratos, ratos por toda parte, ratos em tudo. Ratos e gatos, gordos, barbudos, aproveitando tranqüilamente o que havia sobrado de milho no paiol, enquanto o resto da bicharada, os bichos que sabiam trabalhar, que davam duro, ficaram sem comida.


***** Obs: Qualquer semelhança dos gatos da fábula com os gatos de verdade é fantasiosa. Os gatos são animais simpáticos, que, como nós, ocupam seu lugar na ordem natural das coisas.

segunda-feira, março 20, 2006

O caso Francenildo

Talvez o caso mais grave deste governo.

O rapaz decide abrir a boca, com medo de indiciamento em função das denúncias do motorista Francisco na CPI. Comprova o que muita gente sabia e estava pondo panos quentes, seja por conveniência ou mesmo por omissão.

As declarações do rapaz não foram contestadas com veemência pelo principal acusado, o nada mais que ministro da Fazenda do governo do Brasil. Somente houveram contestações vagas, estúpidas até, como a que o ministro não sabe dirigir em Brasília(se não sabe mesmo, deve ser um néscio e não devia estar ministro).

Mas o pior foi abrirem o sigilo bancário do rapaz, sem autorização judicial, e passarem seu extrato à revista Época(de propriedade da Globo) , notadamente simpática ao governo atual e darem a impressão que a oposição estaria pagando ao humilde caseiro para ele fazer falsa denúncia. Isso é muito preocupante.

Imaginem colegas blogueiros (e meus 3 leitores) se enquanto estamos aqui criticando e denunciando , alguém entra em nosso sigilo bancário, descobre um depósito maior que a média e somos acusados de sermos pagos pela oposição para fazermos nossas críticas internéticas?

Esse era o método stalinista de combater a oposição.

Oras bolas, a oposição não é boba. Não faria uma coisa dessas nesta altura do campeonato pois que é arriscado e mesmo se fizesse, seria muito mais discreta, como dando dinheiro ao rapaz em "cash", não depositando em conta corrente. Existem já inúmeras denúncias de corrupção envolvendo o atual governo, muitas delas comprovadas e confessadas. Não seria mais uma que iria produzir um efeito-bomba.

Enfim, para mim este é um fato extremamente grave que abala as convicções na nossa democracia agravado pela interferência do STF ao probir a continuidade do depoimento do caseiro na CPI.

Temo que se Alckmin subir nas pesquisas a ponto de abalar a relativa tranquilidade do Apedeuta, que assistiremos mais fatos como esse, contrariando a Constituição e afetando as liberdades democráticas tão duramente conquistadas no passado recente.

(Nota importante:

Os meus 3 leitores sabem que tenho outro blog no UOL. Estou usando agora aquele espaço para publicar receitas culinárias e musicas que gosto.O novo nome dele é "O Brasil culinário e musical" . O link está na lista dos meus blogs preferidos. Aceito a colaboração através de comentários ou emails de quem quiser enriquecer ainda mais a cultura culinária e musical brasileira.)

quinta-feira, março 16, 2006

Ética?


Ontem safaram um safado. E o outro safado se safou. A pizza vai ser meia calabresa, meia muzzarella.

quinta-feira, março 09, 2006

Transcrevo este email que recebi hoje

TAPA NA CARA!

Que vergonha!
Eu não tive coragem de falar para meu filho que chegava da Faculdade sobre o resultado da votação escandalosa de Brasília.
Mostrei os resultados do futebol, fui com ele lanchar na cozinha e tirei o assunto do foco.
Que vergonha!
Minha voz até tremulava e o tema não saia da minha mente. Fui escondido ao quarto, liguei meu rádio. Acabo de escutar os resultados da votação tendo ao fundo o som da "pizza", tarantella italiana.
Que vergonha!
PFL e PT, macomunados, exageraram na armação e se auto-absolveram. Dois deputados comprovadamente envolvidos no escândalo do mensalão, continuam soltos no Congresso.
Sob o olhar patético dos demais deputados, sem vozes de indignação, e sob o olhar decepcionado da sociedade.
Ainda na manhã de ontem, ministrava uma palestra para universitários sob o tema: "Ética e Responsabilidade Social". Há um capítulo sobre "ética na política". Fiz questão de demonstrar que, a sociedade em transformação, está exigindo ética, transparência, atitudes exemplares dos agentes políticos, do executivo e do legislativo. E que os últimos sinais demonstram que ainda há esperança... Fui enfático. Fiz acreditarem nesta afirmativa.
Que vergonha.
Estou em casa, agora, imaginando a cabeça de cada um dos jovens que me ouviram falar.
Se renovei alguma esperança no coração deles, esta já se foi.
Se os fiz crerem na ética, devo estar sendo chamado de mentiroso.
Se consegui demonstrar que é pela boa política que se faz a diferença pela boa representação da sociedade, também devem, agora, confirmar o que só eu não enxergava.
Que vergonha!
(e eles ainda foram comemorar em um restaurante ... ).

Lívio Giosa
Coordenador do PNBE - Pensamento Nacional das Bases Empresariais
e um cidadão indignado!