Até
2003, depois que Lula ganhou a eleição em 2002 com um discurso de "paz e amor"
havia dissenso mas não conflito na discussão política. Porém, apesar do
governo dele dar continuidade a um plano econômico que vinha dando
certo, José Dirceu, ele mesmo, achou por bem criar a figura da "herança
maldita". Lula não seria capaz disso pois não tem formação marxista.Aí
começou a desqualificação e tentativa de desconstrução do passado.
Exatamente como foi na antiga URSS.É típico de governos com orientação ideológica social-comunista apagar da memória do povo os atos e feitos bons de governos passados com ideologia contrária.Mas o que chamou a atenção foi o fato do governo lulo-petista capitaneado por Lula e orientado por José Dirceu se apossar de atos e feitos positivos do governo FHC e chamá-los de seus. Exemplo mais evidente foi sistema de bolsas pecuniárias como o Bolsa-Família. No campo econômico, o sistema social-liberal que vinha sendo aplicado se transformou em neo-liberalismo, considerado pelos petistas como um palavrão. Mas mantiveram a política econômica do mesmo jeito, para controlar uma inflação crescente, causada por mera especulação face à chegada de Lula ao poder. Ou seja, embora fosse a mesma política, trocaram o nome para justificar os seus sucessos. No paralelo, começou o desenfreado aparelhamento do Estado, a compra de apoio de Congressistas corruptíveis, com dinheiro e cargos. Estava em curso aquilo que chamamos de "Projeto de Poder" , criado pelo Foro de São Paulo (ver OBSERVAÇÕES NESSE LINK: http://estoudeolho.blogspot.com.br/2016/01/como-evitar-que-o-projeto-de-poder-do.html ) com base nos ensinamentos de Antonio Gramsci, do qual o PT faz parte, que é tomar de assalto os 3 poderes da República, base da democracia e formar o governo de pensamento único, autoritário, hegemônico. A coisa esbarrou no Judiciário, quando da tentativa de conquistá-lo, com indicação de juízes "adestrados" nas diversas instâncias desse poder.O STF, liderado por Ayres Britto,um ex-petista de sólida formação democrática, na pessoa de um relator, Joaquim Barbosa, ambos indicados por Lula que pensava serem estes juízes também "adestrados" aceitou a Ação Penal 470, mais conhecida por Mensalão. Foi colocada à luz a verdadeira pretensão do grupo lulo-petista. Aí, aquilo que era mera conversa entre pessoas de pensamentos distintos começou a virar discussão.
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