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sexta-feira, janeiro 09, 2009

Li quase tudo sobre o novo conflito no Oriente Médio. Li blogs, portais de notícias, jornais, assisti às reportagens na TV. Poucos aprovando Israel, muitos condenando a violência da atitude do exército israelense, inclusive nossa diplomacia canhestra e rasteira, além é claro, dos esquerdóides do PT que costumam ser contra tudo, inclusive contra companheiros mais moderados. De tudo que li, ouvi, assisti, gostaria de ponderar alguns pontos:

Israel é um Estado legal, democrático, que se defende desde 1948 das agressões dos seus vizinhos, todos eles sem exceção, Estados totalitários, despóticos, preconceituosos e radicais.

Aqui ressalto: Israel sempre se defendeu. Nunca tomou a iniciativa de atacar ou invadir. Quando fez, foi em resposta a ataques de seus inimigos seculares.

Sabem lá o que é ficar por anos recebendo na cabeça foguetinhos caseiros que não eram meros traques de São João mas sim armas mortíferas que os radicais do Hamas jogavam contra os israelenses da fronteira?

Neste entretempo Israel procurou se defender de forma passiva, construindo cercas e muros como quem diz aos vizinhos: "Vocês lá, nós cá, não queremos briga, vamos viver em paz".

Quem hoje acusa Israel se esquece de forma conveniente (ou estúpida), que Israel diplomática e pragmaticamente saiu do território da Faixa de Gaza em 2005 para dar lugar aos palestinos e à paz.

Mas tem hora que a paciência acaba. Esgotadas as providências pacíficas e diplomáticas, permanecendo o foguetório dos provocadores com mortes de pessoas do seu povo, Israel tem mesmo que partir para o revide.E de forma cirúrgica, para tentar matar de vez o mal pela raiz.

Aqui no Brasil chamamos isso de "chutar o pau da barraca".

Eu pergunto a quem afirma que os israelenses estão praticando um terrorismo de Estado:

- Não acham que o pessoal do Hamas é covarde quando usa seu povo como escudo humano?

- Quem declara para quem quiser ouvir que o objetivo é aniquilar todo um povo em nome de uma religião? É Israel? Ou são os radicais do Hamas, do Hezzbollah, os iranianos governados por um radical maluquete? - Que será recebido pelo Apedeuta com pompa e circunstância, diga-se de passagem...

Eu lamento muito que isso venha acontecendo pois vidas humanas são perdidas estúpidamente de ambos os lados porém, não posso condenar os israelenses. Eles estão agindo em legítima defesa de seu povo, de sua terra transformada de deserto em terra fértil pelo seu próprio esforço, de suas origens, de suas crenças e de sua democracia. O povo judeu ao longo dos tempos e em todos os países do mundo sempre foi o baluarte da liberdade, da democracia e do liberalismo. Israel é um país democrático incrustrado no meio de republiquetas populistas, radicais e despóticas que querem ver seu fim. Tem mais mesmo é que se defender.

6 comentários:

Anônimo disse...

Tunico,

Como sempre, você ouve o galo cantar e não sabe onde. Leu todas as "reportagens" sobre o conflito do oriente médio, mas não buscou fontes necessárias: A HISTÓRIA. Os Palestinos vivem oprimidos por ISRAEL e tem,também, um ESTADO AUTÔNOMO que não é reconhecido por ISRAEL. Israelenses (JUDEUS) com sua sanha MONETÁRIA, adquiriram extensas glebas de terras na Palestina e anexaram-as ao território de ISRAEL. Não entendem que avaçam sobre o Estado Autônomo da Palestina de forma ilegal, invasão mesmo. Outras atrocidades acontecem nessa área. Israel precisa expulsar os Palestinos, pois eles são obstáculo para suas pretensões comerciais, desfavorecidas pelos Palestinos e a faixa de Gaza, no caminho entre o mar Mediterrâneo e o canal de Suez.

Ah, o HAMAS não TEM POVO!

Fábio Mayer disse...

Israel é um Estado democrático. Concordo.

Israel tem política armada defensivista. Concordo também.

O Hamas é um grupo terrorista e covarde, que usa a população da Faixa de Gaza como escudo. Concordo em gênero, número e grau.

Porém, não nos esqueçamos que Israel é um país criado artificialmente, a partir de uma colônia britânica cujas fronteiras e divisas não eram exatamente naturais e decididas pelo tempo, como na imensa maioria dos países.

O povo judeu sofreu horrores nas guerras européias desde a Idade Média. Ao fim da IIGM, com a vitória dos Estados Unidos, os banqueiros e empresários judeus daquele país, que eram boa parte da elite econômica, resolveram buscar uma forma de diminuir o sofrimento do seu povo, e financiaram a criação de um Estado judaico, recebendo o apoio da Inglaterra, que agiu baseada num anterior erro colossal de Winston Churchill que acreditou de modo ingênuo que sua condição de colonizador faria com que os povos da região aceitassem uma colonização diferente.

Os judeus estão lá de modo artificial desde então. Eles são trabalhadores, organizados e eficientes e criaram ali, um país de 1º mundo e uma potência militar, mas aquela terra, historicamente, não lhes pertence.

E a sucessão de erros foi impressionante. Simplesmente ignoraram as populações palestinas do local criando um Estado judeu e não uma Palestina multi religiosa. Fizeram guerras que aumentaram o território original da Palestina. Causaram entraves à visitação da Terra Santa que também é dos muçulmanos. Não promoveram o desenvolvimento econômico-social das áreas palestinas o que fomentou o terrorismo.

Enfim, o Hamas é terrorista mas ele é resultado de um processo histórico equivocado. As vidas de israelenses são preciosas, é verdade, mas as dos palestinos também são em igual proporção de modo que se o mundo continuar a defender ou criticar uma parte ou outra sempre por este prisma de um bandido e um mocinho, jamais se chegará a solução alguma.

Eu penso que o mundo precisa olhar para aquela região e compreender que Israel só terá paz quando as áreas palestinas tiverem desenvolvimento econômico e social, desenvolvimento este que com o tempo extinguirá os movimentos terroristas, que nascem e se desenvolvem da da misréria e da desgraça.

O mundo deveria pensar em um fundo internacional de investimentos na Palestina, porque ela representa um dos maiores perigos de sobrevivência da humanidade. Seria dinheiro administrado pela ONU, para criar escolas, estradas, hospitais e possibilitar investimentos produtivos para dar aos palestinos as oportunidades que os judeus tiveram quando houve a criação do seu Estado.

tunico disse...

Ao nosso comentarista anônimo que adora permanecer anônimo(anônimo para mim é sinal de covardia, tá?).
Em primeiro lugar,o galo canta no meu terreiro. Não no seu. É claro que conheço a história.Os palestinos não vivem oprimidos por Israel. Eles simplesmente não aceitaram uma resolução em 1948 que criava o Estado de Israel.E foram os antepassados destes palestinos que expulsaram os judeus da região. O chefe deles era Nabucodonosor, rei dos caldeus, ou assírios,ou árabes, ou palestinos, se preferir.Também atendendo a uma resolução da ONU, Israel devolveu aos palestinos a partir de 2005 uma área(a Faixa de Gaza) para que eles pudessem lá viver.Não consigo entender como esta faixa de terra impede o acesso dos israelenses ao mar Mediterrâneo uma vez que eles têm outros locais bem melhores para tal e foram eles mesmos que cederam esta terra. Isso é conversa mole, meu caro anônimo.

Em terceiro lugar, o HAMAS não tem povo? Não tem mesmo. Um grupo terrorista que usa as pessoas como escudo é covarde tanto quanto você que não tem a coragem de se identificar.

tunico disse...

Caro Fábio, me desculpe. Os israelenses não estão lá na sua terra artificilamente mas sim estão lá por uma resolução da ONU,de 1948, democraticamente assinada pela maioria dos países, inclusive o Brasil.
Pergunto a você: democracia não é a vontade da maioria? Assim não fosse, nao estaríamos aguentando Lula e o PT no Brasil.Mas democráticamente aguentamos.
Agora, Fábio: o povo árabe é um dos povos mais ricos do mundo graças ao petróleo. Pergunto: o que os ditadores e reis, sheiks destes países fizeram para melhorar a vida dos coitados dos palestinos? Nada! Puseram dinheiro na melhoria deste povo? Não! Puseram dinheiro sim, em armas e doutrinas para extermínio do povo israelense. E foi muito dinheiro.

Os ditadores árabes usam o povo palestino como bucha de canhão.

O HAMAS não é resultado de um processo equivocado, não. Terrorismo não é equívoco. É crime. Quem se mete nisso é bandido.Quem mata pessoas inocentes se explodindo é doido. Quem incita o doido a fazer isso é bandido. Tem distorção mental. Quem apóia esta turma também está com problema mental, meu caro. Nada justifica matar pessoas inocentes por um ideal. Isso para mim é paranóia pura.

Israel não tem uma gota de petróleo no seu sub-solo e no entanto é um dos povos mais avançados do planeta.

O que você tem a me dizer do povo árabe em geral? São poucos privilegiados que exploram a maioria. Igualzinho ao nosso Brasil, guardadas as devidas proporções.Aqui pelo menos a minoria pode se manifestar(ainda).

Fábio Mayer disse...

Tunico,

Concordo que os demais países em volta de Israel não são democráticos e não se preocupam muito com o bem estar econômico-social de suas populações, porém, cada um cuida do seu quintal do jeito que melhor lhe aprouver, desde que não incomode os outros. Se financiam o Hamas, bem, sejamos francos, quantos movimentos ilegais existem no mundo, com financiamento de países ditos "democráticos"? Os EUA e a Rússia sabem bem o que isso significa, será que só os países árabes devem ser castos?

Concordo sobre o que você disse sobre a democracia. Mas a população judia ainda é menor que a árabe/palestina da região, e era 1/10 do que era a árabe/palestina em 1948, vez que Israel é um país colonizado na segunda metade do século XX, por judeus do mundo todo sob a promessa de um Estado próprio.

Ainda hoje, considerando a Faixa de Gaza, a Cisjordânia e as populações palestinas que vivem no território israelense, os palestinos são maioria naquela área de conflito, desde a fronteira com o Egito até as fronteiras com Líbano e Síria.

E se Nabucodonosor, há 20 séculos, expulsou os judeus de lá, o processo histórico demonstra que aquela área física não é dos judeus por direito, porque, afinal de contas, países se formam assim, processos históricos de tomada ou consolidação de áreas. Na sua linha de raciocínio, o Brasil teria que entregar o Acre à Bolívia porque um dia os bolivianos foram seus proprietários?

Israel é um Estado criado por decreto, é artificial sim, um decreto não é um processo histórico. O processio histórico dos judeus naquele lugar, reiniciou-se ao fim da IIGM e vem ocorrendo até hoje.

Aquela região, antes de 1948, chmava-se PALESTINA,o que denota quem a colonizava.

E por outro lado, não pintemos o Estado de Israel de modo ingênuo. Se é verdade que hoje ele tenta apenas sobreviver, num passado recentíssimo, ele buscava ampliar sua extensão geográfica, com assentamentos na Cisjordânia que foi ocupada por meio de guerra (e que era parte da Jordânia, que por sua vez abriu mão deles), com a tomada das Colinas do Golan (em uma guerra defensiva, é verdade) e até com a tentativa de se apossar da Península do Sinai.

Israel é defensivista hoje, mas no passado, não era.

Ao contrário do que você possa presumir, eu defendo a existência do Estado de Israel, mas ao mesmo tempo, entendo necessário consolidar o Estado Palestino.

Israel virou país porque recebeu investimentos de fora por décadas, capitaneados por judeus ricos do globo. Os palestinos foram renegados à miséria, muitos deles foram expulsos de onde viviam, parte deles era de nômades (como boa parte das populações árabes) e proibidos de circular por lá.

É a tal coisa, se regenados à miséria em seu próprio país e por seu proprio governo, ninguém reclamaria como muitos ´países da Àfrica comprovam. Mas ser renegado à miséria por terceiros, como aconteceu lá, gera revolta. E miséria + revolta causa problemas sociais, aqui no Brasil, o narcotráfico, lá, o terrorismo.

A questão não se resume em defender Israel e pixar os árabes. O Hamas não representa os árabes, ele é a consequência de um estado de coisas e do acirramento contínuo dos ânimos.

Por óbvio não sou dono da verdade, nem quero que você mude de opinião. Aliás, o interessante é justamente discutir pontos de vista diferentes. Respeito sua opinião só não concordo com ela...

tunico disse...

Fábio, reitero. Israel está lá.Fato consumado e não vai sair nunca mais. E perante o mundo, legalmente, desde 1948. E dentro da legalidade, quando atacados, é seu direito se defenderem.

O cerne da questão é justamente o fato que quando Israel cedeu um pedaço de terra mesmo que mínimo, teve um gesto de boa vontade. O racional seria iniciarem negociações para melhorar as condições daquele digamos, "assentamento", mas não. Agressões recomeçaram, até o ponto presente onde Israel reagiu de forma contundente. Se a dose foi maior que a devida, não serei eu a discutir. Cada qual com seu cada qual.

Eu defendo aqui um princípio mais que importante. A legalidade. Não só lá como aqui no Brasil. O respeito às leis, criadas por maioria e ao Direito.

Como Estado legal, atacado por um inimigo sem razão plausível, é direito de Israel de se defender. A forma da defesa, meu caro, não me cabe discutir.

Agora, relaxando:

De qualquer forma, nós dois não vivemos há 2.000 anos atrás que nem o Raul Seixas e assim, não sabemos direito as origens da briga. Mas é fato que isto é briga de "brimos". Os dois povos são de origem semita. E sabe-se lá quem "traçou" quem ou roubou quem para a briga se iniciar.

A propósito, o sobrenome Mayer tem origem judaica, sabia? Alemão legítimo é Meyer. Aprendi com meu avô. Assim como o meu,seu sobrenome tem raiz judaica, embora eu seja católico.

Abraço.