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segunda-feira, dezembro 28, 2009

Retrospecto 2009 e Antevisão de 2010

Finalmente, 2010. A foto aí em cima eu repito pela terceira vez na virada do ano só que colocando 2009 em preto e 2010 em azul. Preto de obscurantismo, de retrocesso e azul de positivismo. O ano que passou foi para o Brasil a consolidação do retrocesso na política, nos costumes e no trato com a coisa pública. Foi também o ano em que aqueles alçados a cargos de poder, quando pilhados metendo a mão naquilo que não é deles e sim do povo, usaram dos mecanismos da censura com a conivência de juízes retrógrados e mal informados para esconder seus atos vis. De resto, mais do mesmo.

O Apedeuta passou o ano viajando como sempre, falando mais besteira do que nunca, cometendo suas gafes e do alto da popularidade midiática que lhe atribuíram, avançou bastante o sinal no campo da galhofa, da grosseria e da mentira. Escolheu para sua candidata à sucessão, uma pessoa com certeza mais culta que ele, porém tão apedeuta quanto. E pior, bem mais mentirosa.

E assim, de mentira em mentira, de maracutaia em maracutaia, com o tempero característico da incompetência, o Brasil dos lulo-petistas vai avançando, levando a gente para um futuro obscuro.
Se vocês meus três leitores observarem com atenção, ninguém desta raça abjeta mostra um futuro sólido para o Brasil. Mostra somente o ano eleitoral que para eles é crucial. Afinal, a eleição de uma sucessora para Lula é a continuidade de um projeto de poder. Não é projeto para um povo, para uma nação.

Lula para consolidar seu governo aliou-se definitivamente ao que há de pior na política brasileira. E como diz o velho ditado, "dize-me com quem andas e dir-te-ei quem és".

A economia em 2009 estagnou. Crescimento zero, apesar dos mentirosos de plantão alardearem que nos saímos muito bem da crise. Mentira! Quem se saiu bem foi a China, a Coréia, o Chile, o Peru, países governados com seriedade e competência.

Outra grande mentira. Os impostos foram reduzidos. Vejam o placar do impostômetro para desmentir a farsa. A arrecadação total em 2009 foi exatamente igual à de 2008. Mas a arrecadação federal subiu quase 100 bilhões de reais com relação a 2008. Os Estados e Municípios foram os grandes prejudicados.

E para onde foram estes 100 bilhões a mais? Para gastos públicos do governo federal, para pagar os salários dos companheiros que se aboletaram no bonde do funcionalismo, para alimentar a corrupção que nunca antes neste país foi tão grande e aberta.

Repetindo, 2009 foi mais do mesmo. Vejam AQUI o meu post do ano passado. Com pequenas diferenças, eu poderia tê-lo repetido hoje e nada mudaria.

Teremos eleições este ano. Para mim e para muitos brasileiros de bem, é uma esperança que em outubro possamos passar a foice neste monte de mato político cheio de tiririca e urtiga que cresceu ao longo de 8 anos, arar a terra brasileira e começar a plantar de novo um futuro melhor.

Feliz 2010 a todos menos aos lulo-petistas. Estes eu desejo que fiquem com a boca cheia de formiga. E a seus aliados corruptos, desejo que gastem todo o dinheiro roubado de nós em hospital e remédio. Não tenho por eles a mínima consideração assim como eles não têm por nós.

quinta-feira, dezembro 24, 2009

É lugar-comum?Sim, mas sincero.


Final de ano é sempre época de confraternização. Este ano não poderia ser diferente. Este blog na pessoa do escriba deseja a todos os leitores, seus amigos e familiares, um Feliz Natal, com muita paz e alegria. Deseja também um Ano Novo pleno de paz e prosperidade.

E que Papai Noel não seja mais atropelado pelo Aerolula.

quinta-feira, dezembro 10, 2009

A verdade dói mas tem que ser dita...

Este post de Reinaldo Azevedo é definitivo. Concordo 100% com o que está escrito e assino embaixo.

"QUEREM COMPARAR GOVERNOS? ENTÃO VAMOS CIVILIZAR OS BOTOCUDOS!"

quinta-feira, 10 de dezembro de 2009 | 5:41

É para ler até o fim, hein!? Tenho uma chavinha de ouro para vocês. Psiu!!! Sem tentação. É para pegar do começo.

De vez em quando, um petista moderado, tentando se distinguir dos petralhas, resolve pegar no meu braço, ousando ser o meu Virgílio e me convidando a visitar um dos círculos do inferno onde o partido aprisiona há 29 anos a reputação de suas vítimas. Sim, o PT tem este formidável poder de reescrever a biografia de seus adversários. Trata-se do Círculo das Reputações Enlameadas. Alguns poucos conseguem, pelo próprio esforço, como fez Eduardo Jorge Caldas Pereira, repor a sua história no devido lugar. E há aqueles que são resgatados pelo próprio PT desde que façam um ato de contrição ou sejam cínicos o bastante para se divertir na tragédia ou na comédia. No segundo caso, está, por exemplo, Delfim Netto, antes tido como uma besta-fera da “direita” e hoje conselheiro informal de Lula. Delfim diz que não mudou. Exemplo maior do primeiro caso é José Sarney. O PT, sempre tão dedicado a enlamear a honra alheia, funcionou, no seu caso, como lavanderia.

Mas volto ao petista que tentou se mostrar civilizado, me chamando até de “Rei” (!!!), muito íntimo, convidando-me a ceder: “Rei, admita que o governo Lula é inquestionavelmente melhor do que o governo FHC e que procede a votação plebiscitária que o PT propõe. Acho que você é um bom analista, mas sua paixão o cega às vezes…”

Ô bilu, bilu!!! Não há a menor chance de o “Rei” se apaixonar, viu? Não estou entre aqueles que sentem o frêmito da atração pelo inimigo. Zero! Você aí, eu aqui. Sem essa de me pegar no braço! “Rei” é uma pinóia! E não, não admito que “o governo Lula é melhor do que o de FHC”, não dito desta maneira, porque esse juízo é coisa ou de energúmenos ou de gente a soldo — e, às vezes, das duas coisas.

O “melhor” expressa um juízo comparativo. Não terá sido o governo FHC — que começou a governar, de fato, já como ministro da Fazenda de Itamar Franco — muito “melhor” do que o governo Collor? Muito melhor, na verdade, do que o governo Sarney ou do que o governo Figueiredo, quando a inflação começou a destrambelhar? O que quer dizer o seu “melhor”? É melhor um governo que assume, sem solavancos, com os fundamentos da economia sólidos — apesar de desajustes de superfície, alguns provocados pelo próprio “risco PT” — do que um outro que pegara o país com uma inflação superior a 2.500% ao ano, conduzindo-a para 5% ou 6%? Não terá sido “melhor” o governo que pegou o país com o custo de vida na casa dos 20% ao mês, derrubando-o para menos de 0,5%? Não terá sido “melhor” o governo que recolocou o país na rota dos investimentos?

Essa afirmação, meu caro falso civilizado, é só mais uma manifestação da delinqüência intelectual a que se dedica permanentemente o petismo. Para que se pudesse sustentar essa superioridade, seria necessário que, em iguais condições, o PT tivesse demonstrado competência ou apuro intelectual potencial ao menos para fazer melhor do que fez FHC. E sabemos bem qual foi a expertise demonstrada pelo partido: opôs-se ao Real, pregava o calote da dívida, o rompimento com o FMI, a rejeição à reestruturação dos bancos, às privatizações e seus investimentos — a tudo, enfim, que colabora para fazer hoje a fortuna crítica do lulismo. Tivesse vencido em 1994, o PT teria destruído o Plano Real. Porque era esta a proposta de Lula: destruir o Real. Era o que pautava a sua campanha.

“Ah, vá falar isso a eleitor, rá, rá, rá”, ri o delinqüente, satisfeito com o seu partido por ter ajudado a deformar a história e feliz porque seu líder sapateia sobre conquistas inegáveis do Brasil.

EU QUERO QUE SE DANE SE A VERDADE QUE DIGO É POPULAR OU NÃO. A mim, basta saber que é verdade; basta saber, e poder escrevê-lo, ao menos por enquanto, que a comparação é obra da mais estúpida vigarice intelectual, coisa de militância política da mais reles, da ignorância mais desprezível.

Num artigo anteontem, afirmei que minha rejeição ao lulo-petismo nada tem a ver com essa conversa mole de “governo deu certo ou deu errado”, governo “melhor ou pior”. Nunca antevi desastres para o governo Lula. Ao contrário: escrevi na revista Primeira Leitura que o PT seria mais conservador se vencesse em 2002 do que seria Serra, então candidato tucano. Está registrado. É documento.

- O que me incomoda no PT é seu ódio mal disfarçado à democracia, daí que viva tentando solapá-la — agora, o partido quer uma Constituinte para fazer a reforma política.

- O que me incomoda no PT é a moral que cria para si mesmo e a moral que defende para os outros — a exemplo de Dilma, anteontem, na festa dos mensaleiros do PT a atacar o mensalão de Arruda.

- O que me incomoda no PT é esse esforço para fazer tabula rasa do passado, destruindo a reputação de qualquer pessoa que não seja útil a seu projeto — a exemplo do que faz com a monumental conquista que foi o Plano Real.

- O que me incomoda no PT é o seu apoio dedicado a todos os vigaristas do planeta,— a exemplo de Mahmoud Ahmadinejad.

- O que me incomoda no PT é a sua admissão prática de que o crime compensa ou é aceitável desde que esteja ancorado numa causa de suposto alcance social — a exemplo de seu asqueroso conluio com o MST.

- O que me incomoda no PT é seu esforço permanente para substituir a sociedade pelo partido, imiscuindo-se em eleições sindicais de trabalhadores e patrões, nos fundos de pensão, na direção das estatais, nas ONGs e, se você deixar, no batizado de seus filhos.

- O que me incomoda no PT, a despeito de seus “universitários”, é a apologia permanente da ignorância, do obscurantismo militante, da barbárie das ruas.

“Governo competente?” Governos têm de ser competentes mesmo. Não serei grato a Lula, escrevo em Máximas de Um País Mínimo, por ele cobrar tão caro por aquilo a que temos direito de graça. Ou nem tanto: pagamos caro para que nos governem. Não tenho de lhe dar nada de adicional.

Um mínimo de honestidade intelectual — e não espero que os petralhas a tenham — indica que as ações do governo FHC e do governo Lula não são comparáveis porque simplesmente são diferentes as circunstâncias em que cada um existiu e os problemas a que cada um respondeu. E tenho uma chave de ouro para o tonto que achou que poderia pegar no meu braço:

Estou certo de que os tucanos, estivessem no governo, não teriam feito, NA ECONOMIA, nada muito diferente do que fizeram os petistas. Mas estou igualmente certo de que, estivessem os petistas no lugar dos tucanos em 1995, e hoje nós seríamos o mais ocidental dos países africanos.

segunda-feira, dezembro 07, 2009

Polêmica encerrada? Ainda não.

Por César Benjamin

DEIXO de lado os insultos e as versões fantasiosas sobre os "verdadeiros motivos" do meu artigo "Os Filhos do Brasil". Creio, porém, que devo esclarecer uma indagação legítima: "por quê?", ou, em forma um pouco expandida, "por que agora?". A rigor, a resposta já está no artigo, mas de forma concisa. Eu a reitero: o motivo é o filme, o contexto que o cerca e o que ele sinaliza.Há meses a presidência da República acompanha e participa da produção desse filme, financiado por grandes empresas que mantêm contratos com o governo federal. Antes de finalizado, ele foi analisado por especialistas em marketing, que propuseram ajustes para torná-lo mais emotivo.

O timing do lançamento foi calculado para que ele gire pelo Brasil durante o ano eleitoral. Recursos oriundos do imposto sindical - ou seja, recolhidos por imposição do Estado - estão sendo mobilizados para comprar e distribuir gratuitamente milhares de ingressos. Reativam-se salas pelo interior do País e fala-se na montagem de cines volantes para percorrerem localidades que não têm esses espaços. O objetivo é que o filme seja visto por cerca de 5 milhões de pessoas, principalmente pobres.

Como se fosse pouco, prepara-se uma minissérie com o mesmo título para ser exibida em 2010 pela nossa maior rede de televisão que, como as demais, também recebe publicidade oficial. Desconheço que uma operação desse tipo e dessa abrangência tenha sido feita em qualquer época, em qualquer país, por qualquer governante. Ela sinaliza um salto de qualidade em um perigoso processo em curso: a concentração pessoal do poder, a calculada construção do culto à personalidade e a degradação da política em mitologia e espetáculo. Em outros contextos históricos isso deu em fascismo.

O presidente Lula sabe o que faz. Mais de uma vez declarou como ficou impressionado com o belo "Cinema Paradiso", de Giuseppe Tornatore, que narra o impacto dos primeiros filmes na mente de uma criança. "O Filho do Brasil" será a primeira -e talvez a única- oportunidade de milhões de pessoas irem a um cinema. Elas não esquecerão. Em quase oito anos de governo, o loteamento de cargos enfraqueceu o Estado. A generalização do fisiologismo demoliu o Congresso Nacional. Não existem mais partidos. A política ficou diminuída, alienada dos grandes temas nacionais.

Nesse ambiente, o presidente determinou sozinho a candidata que deverá sucedê-lo, escolhendo uma pessoa que, se eleita, será porque ele quis. Intervém na sucessão em cada Estado, indicando, abençoando e vetando. Tudo isso porque é popular. Precisa, agora, do filme.

Embalado pelas pré-estreias, anunciou que "não há mais formadores de opinião no Brasil". Compreendi que, doravante, ele reserva para si, com exclusividade, esse papel. Os generais não ambicionaram tanto poder. A acusação mais branda que tenho recebido é a de que mudei de lado. Porém os que me acusam estão preparando uma campanha milionária para o ano que vem, baseada em cabos eleitorais remunerados e financiada por grandes grupos econômicos.Em quase todos os Estados, estarão juntos com os esquemas mais retrógrados da política brasileira. E o conteúdo de sua pregação, como o filme mostra, estará centrado no endeusamento de um líder. Não há nada de emancipatório nisso.Perpetuar-se no poder tornou-se mais importante do que construir uma nação.

Quem, afinal, mudou de lado? Aos que viram no texto uma agressão, peço desculpas. Nunca tive essa intenção. Meu artigo trata, antes de tudo, de relações humanas e é, antes de tudo, uma denúncia do círculo vicioso da extrema pobreza e da violência que oprime um sem-número de filhos do Brasil. Pois o Brasil não tem só um filho.Reitero: o que escrevi está além da política. Recuso-me a pensar o nosso país enquadrado pela lógica da disputa eleitoral entre PT e PSDB.

Mas, se quiserem privilegiar uma leitura política, que também é legítima, vejam o texto como um alerta contra a banalização do culto à personalidade com os instrumentos de poder da República. O imaginário nacional não pode ser sequestrado por ninguém, muito menos por um governante. Alguns amigos disseram-me que, com o artigo, cometi um ato de imolação. Se isso for verdadeiro, terá sido por uma boa causa.


César Benjamin, 55, militou no movimento estudantil secundarista em 1968 e passou para a clandestinidade depois da decretação do Ato Institucional nº 5, em 13 de dezembro desse ano, juntando-se à resistência armada ao regime militar. Foi preso em meados de 1971, com 17 anos, e expulso do país no final de 1976. Retornou em 1978. Ajudou a fundar o PT, do qual se desfiliou em 1995. Em 2006 foi candidato a vice-presidente na chapa liderada pela senadora Heloísa Helena, do PSOL, do qual também se desfiliou. Trabalhou na Fundação Getulio Vargas, na Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência, na Prefeitura do Rio de Janeiro e na Editora Nova Fronteira. É editor da Editora Contraponto e colunista da Folha. Artigo publicado na Folha de S. Paulo de 2 de dezembro.

Comentário meu: Acompanhei a polêmica criada pelo primeiro artigo de Cesar Benjamin e o artigo dele acima é o desfecho deste capítulo. Concordo com ele. Foi por uma boa causa. A causa da liberdade e da democracia.O problema é que o Brasil de hoje, pelo menos dos 80% que dizem apoiar Lula, me parece estar dividido entre corruptos, ingênuos, deslumbrados, aproveitadores e os piores, os mal-intencionados que querem transformar o país no país do Estado Único, totalitário, à maneira dos Mussolinis,Hitlers,Castros, Pérons e mais recentemente, dos Ahmahinejads, Chavez,Ortegas,Morales e outros.