O outro lado do disco

Lula do alto sua popularidade aparente já começa a “botar as manguinhas de fora”. Critica e despreza os outros poderes do Estado com a certeza de que é impune pois o “povo” lhe apóia. Falta-lhe ética política e sobra-lhe, digamos, "apedeutismo". Um Presidente da República por mais que pense o que falou esta semana não deve gerar conflitos entre os poderes pois quando menos se espera as reações acontecem e isso não é bom para a nação.

Aliás, ética é o que não existe neste grupo de sindicalistas liderados pelo supremo líder, hoje supremo mandatário da República que se apossou da máquina do Estado com uma voracidade jamais vista na história deste país.

Antes do pessoal da estrela vermelha conquistar o poder, dizia-se que o PT era muito bom como oposição pois fiscalizava de perto e denunciava as maracutaias oficiais e havia muitas na gestão pública. Os petistas encorajavam esta opinião e até propagavam a ética e honestidade na gestão da coisa pública quando chegassem ao poder. Iriam apear as “elites sanguessugas” que exploravam o povo. Na prática entretanto, a teoria acabou sendo outra. De 2003 para cá, formou-se uma nova elite. Aquilo que Reinaldo Azevedo em seu blog chama de “elite de sindicalistas do capital alheio”. O capital alheio no caso é o erário público. Dinheiro arrecadado do povo, na sua maioria da “zelite” da classe média, dos pequenos e médios empresários e dos profissionais liberais do país.

Uma vez no poder e de posse da caneta que tudo pode, esses novos membros da elite ao se infiltrarem nos cargos-chave do Executivo, trataram logo de firmar sua posição não só política mas também pessoal. Mais de 11 mil pessoas receberam além de altos salários, um pequeno cartão de plástico que muita gente tem, o cartão de crédito, mas que no caso deles tinha um diferencial. Não tinha limite para seu uso. A resposta a esta liberdade (ou libertinagem?) veio rápido. Em poucos anos, os gastos com esses cartões mais que triplicaram atingindo a formidável cifra de 72 milhões de reais no ano passado, a maior parte sem comprovação pois foi sacada em espécie.

Os simpatizantes desse grupo de sindicalistas costumam contestar as denúncias com a afirmação que o que está sendo feito os que os antecederam também faziam e que integrantes da oposição em suas gestões também fazem. Trata-se da mais absurda e infame desculpa que eu ouvi na vida. Afinal, os petistas chegaram para acabar com a corrupção e ladroeira (pelo menos assim apregoavam) e em nome da governabilidade, não só aliaram-se ao que antes deles havia de mais corrupto e bandido no país como também fizeram melhor (ou pior): Aperfeiçoaram a corrupção e degradação dos costumes, instituíram a mentira deslavada e a desonestidade pragmática como comportamento principal. Por isso mesmo são piores que os outros. Por isso mesmo os desprezo cada vez mais como instituição e como seres humanos.

Não dá para apoiar e elogiar quem estatiza a pobreza com doação oficial e permanente de dinheiro público com o discurso de garantir uma condição mínima de sobrevivência aos miseráveis, sem em troca ensinar estes miseráveis a auferirem sua renda por seus próprios esforços e talentos exigindo que eles se esforcem para tal.

Nós da “zelite” tão execrada por estes pulhas do socialismo sindicalista de resultados damos uma mesada aos nossos filhos e exigimos que estudem e se comportem como bons seres humanos. Se não o fizerem, punimos e cortamos a mesada não é assim?

Outra coisa: o PT devia mudar seu nome pois não é um verdadeiro partido dos trabalhadores e sim, um partido de ex-trabalhadores sindicalizados que estão se locupletando no poder às custas do dinheiro público. Pelo IBGE o Brasil tem hoje mais de 100 milhões de pessoas em idade de trabalhar e destes 100 milhões, 90 estão efetivamente trabalhando. Eu sou um destes trabalhadores e não me sinto nem quero ser representado por este bando. Por tudo aquilo de assistimos desde 2003, o PT devia se denominar partido dos TRAMBIQUEIROS, dos TRÂNSFUGAS, dos TRAPACEIROS, pois ao chegar ao poder jogou no lixo até os ideais de sua fundação.

Alguém outro dia em comentário me disse para virar o disco pois com a popularidade que Lula tem, quanto mais bater nele, melhor para ele. Em primeiro lugar, não acredito nessa tal de popularidade estatística pois a entidade que promove esta pesquisa é comandada por um aliado do governo. No meu rol de conhecimento que não é pequeno, não conheço ninguém que tenha sido entrevistado por um pesquisador. Aliás, estatisticamente, um universo de 2000 pessoas não pode refletir o pensamento de 110 milhões de pessoas ainda mais que desconfio que estas 2000 pessoas sejam sempre as mesmas, cadastradas no tal Instituto de Pesquisas.

Mas vou virar o disco. Do outro lado do disco, o tema das músicas é o mesmo. Estar de olho, combater e criticar a mentira, a desonestidade, a falta de ética de quem gere a coisa pública seja quem for. Hoje a bola da vez é o governo lulo-petista assim como antes eu criticava e ficava de olho nas gestões anteriores. Pena que antes não tínhamos a facilidade do blog para externar as nossas opiniões. Mas hoje temos e podemos usar com liberdade mesmo que a mentalidade totalitária de grande parte deste grupo de petistas queira nos cercear de alguma forma.

E por fim continuo afirmando: Lula é um APEDEUTA. Como já expliquei aos surdos mentais que de vez em quando aqui comparecem para ofender, um apedeuta nem sempre é um ignorante. Mas um ignorante que não quer aprender será sempre um apedeuta.

Num próximo post continuo o assunto. A seguir , o texto do concurso do Jus Indignatus