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domingo, maio 22, 2016

Avanços e recuos dentro de um novo tempo

 
Como escrevi em post anterior, o governo interino tem somente 11 dias. Tem gente por aí que leio, ouço, um tanto afoita. É até natural que muita gente queira que a situação mude da água para o vinho rapidamente mas as coisas não são assim.Sempre digo que apressado come cru.
Temer foi empossado como Presidente INTERINO, pois o processo do impeachment não acabou. Ainda temos até 169 dias para que Dilma seja definitivamente afastada do cargo e daí, sim, esse novo governo terá liberdade para agir. Pressionado pela sociedade para mostrar serviço, o governo enxugou ministérios e nessa leva, extinguiu várias pastas entre elas a da Cultura e nesse caso depois de 3 dias voltou atrás. Deu a maior gritaria de um lado e de outro.
Os que gritaram mais alto, como sempre, foram os antes beneficiados pelas benesses da pasta, mas na realidade essa gritaria não só se deveu à perda do dinheiro e dos cargos mas principalmente, por terem encontrado uma deixa para bombardear o novo governo. A reação é principalmente de razão política.
Dirão alguns que o novo governo deu um tiro no pé. Outros, que o novo governo é fraco, se rendeu à oposição.
Meu pensamento hoje, depois de refletir sobre o assunto é que a iniciativa da extinção foi boa mas faltou combinar com os russos como se diz no popular. Um pouco mais de calma, de conversa, teria sido melhor.Tanto faz a Cultura virar Secretaria como continuar Ministério, desde que se cortem verbas e cargos dos apaniguados.Afinal, a Lei Rouanet e a Lei de Incentivo à Cultura não foram nem serão revogadas. Mas o mal foi feito e o recuo deve ser tratado pelo novo governo como uma mostra de flexibilidade e não de fraqueza.
Os novos governantes e até quem comemorou a saída do lulo-petismo do poder têm que entender que os cães ladram, mas a caravana passa. Se nós, por qualquer deslize desse tipo começarmos a bater no novo governo,  só iremos dar força aos opositores para voltarem. É isso que queremos?

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